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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Belíssimo – Sinfonia dos animais

 Pessoal, o blog tem o imenso prazer em compartilhar com vocês um vídeo belíssimo sobre o livro “Sinfonia dos animais” do renomado escritor Dan Browm. Lançado pela Editora Arqueiro o livro é  “Uma experiência multissensorial para crianças e adultos ouvirem e lerem juntos.” 

Produção: Editora Arqueiro
Duração: 3:18
País: Brasil

Viaje pelas florestas e ao redor dos mares com o Maestro Ratinho e seus amigos musicais! Você vai conhecer a imensa baleia azul, guepardos supervelozes, besouros minúsculos e cisnes elegantes. Cada um deles tem um segredo especial para lhe ensinar. Ao longo desta jornada, você vai encontrar as surpresas que o Maestro Ratinho deixou pelo caminho – uma abelhinha que vive se escondendo, letras embaralhadas que formam palavras e até uma mensagem em código para você mesmo decifrar! (Fonte: http://www.editoraarqueiro.com.br)

Vejam abaixo o que o autor fala do seu livro:

Queridos leitores,

Muito antes de escrever histórias... Eu escrevia músicas.

Meus pais eram músicos e professores, então cresci estudando piano clássico, cantando em corais e assistindo a MUITOS concertos. Quando eu era criança, a música era meu refúgio secreto. Ela me acalmava quando eu ficava frustrado, era uma amiga fiel quando eu me sentia solitário, me ajudava a expressar alegria quando eu estava feliz e, o melhor de tudo, despertava minha criatividade e minha imaginação. Até hoje toco piano todos os dias – normalmente ao fim de um longo dia escrevendo.

A música é uma espécie de narrativa, e os movimentos de orquestra em Sinfonia dos animais, os poemas e as ilustrações que os acompanham trabalham em conjunto (como um código!) para contar uma história e revelar algo engraçado ou interessante sobre a personalidade de algum animal. Se você escutar com atenção, poderá encontrar cada um desses bichinhos escondido na música. Além disso, cada um deles ensina uma lição, formando uma coleção de “segredos para a vida” que vão ajudar você a crescer.

Espero que você se divirta lendo e ouvindo Sinfonia dos animais tanto quanto eu me diverti ao criá-lo.

Um abraço,

           Dan Browm"

(Disponível em: http://www.editoraarqueiro.com.br/livros/sinfonia-dos-animais/Acesso em: 07, set, 2020)





sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Mostrando caminhos diferentes...


     Sair da redoma criada pelas grandes produções hollywoodianas é uma das propostas que mais me interessou no livro. Essa forma de ver os desenhos animados é extremamente nova para mim, aliás, muitas das produções citadas na obra, eu assisto desde que me conheço por gente e sempre fiquei deslumbrada, provavelmente, com o bom uso da paleta de cores ou da imagem fofa dos personagens.
     Parar e refletir o tanto de informações que eles transmitem, as ideologias existentes por trás de cada personagem, é quase que um salto de realidade, meio mágico, aquele "boom" nos pensamentos.
   A cada década que passa, a força dessa área do audiovisual aumenta e essa capacidade de disseminar informações também, aliás, são as que o produtor/diretor desejam que sejam transmitidas.     Sabe aquele livro que você para de ler e não consegue ficar sem pensar nos detalhes e que provavelmente mude algo no seu modo de agir dali pra frente? Esse é totalmente assim!! Eu vi claramente o quão "social" um desenho pode ser e o quão poderoso ele pode ser nessa onda fortíssima de alienação que o mundo está inserido!
     Já assisti "Ratatouille", "Monstros S.A.", "Toy Story", "Os sem floresta", pelo menos umas 30 vezes e acho que o único que me fazia refletir de fato era "Os sem floresta", mas agora tudo faz mais sentido. "Que seres humanos deixaremos para o planeta?" é uma grande questão que eu realmente quero analisar e lembrar quando tomar atitudes que afetarão a minha volta. Muito obrigada pela super dose de conhecimento, um up para esse novo ano e um outro up para próxima vez em que eu for assistir uma animação!
Fiz uma pequena resenha no site skoob também : https://www.skoob.com.br/livro/resenhas/836144/mais-gostaram

Rafaela Tordin é aluna da 3ª série do Ensino Médio na cidade de Registro (SP)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Magia do Império – Ginha Nader.


Um livro curioso e até interessante, mas não uma leitura obrigatória para quem deseja conhecer o cinema de animação (desenhos animados) muito além da tela, criticamente falando.
É o tipo de trabalho que deve ser visto pelo viés turístico ou pelo estudioso(acadêmico) de turismo. Trata de enaltecer e engrandecer uma característica marcante no discurso ideológico capitalista das décadas de 1990 e 2000:empreendedorismo.
Vale destacar (e questionar) o usuário do blog que for efetivar a leitura do livro que a obra em si é usada e indicada em cursos que ensinam a manipular e manter o sistema do capital e perpetuar seus valores - como administração, marketing, gestão de pessoas entre outros - tão procuradas por jovens na atualidade.
Considerada a obra mais completa do gênero já editada no Brasil, e com a EDITORA SENAC tinha como objetivo de permitir que profissionais pudessemcompreender melhor a história de Walt Disney e seus empreendimentos. Enfim, vale ser lido com um olhar que busque a história do desenho animado nos EUA mas não esgota o enorme conteúdo existente sobre essa categoria da sétima arte.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Filosofia para jovens – Uma iniciação à Filosofia.



A obra que indicamos é útil para jovens (de qualquer idade) e leitores curiosos e incomodados acerca da existência humana. É natural do ser humano o ato de pensar e filosofar no cotidiano e, portanto, andar por esse caminho munido de métodos e ideias/luzes garante passos firmes, objetivos sólidos e seguros. 
Clarear os objetivos do ser humano sobre a vida pessoal, como personagem social, como ser político e indivíduo pertencente a um grupo ou classe social é uma das propostas do livro. A frase de Martin Heidgger “O homem é um ser caminhante, e ao caminhar tem sempre um pé no ar e um pé no chão”, cabe bem a essa proposta que proporciona discutir temas atuais como liberdade, morte, religião (e religiosidade), amor (e paixão), felicidade, ideologia e alienação... Esses temas permeiam nossas vidas e mentes e não tem como nos isolarmos ou sermos indiferentes a eles, pois dependemos das escolhas que fazemos frente aos desafios que o mundo nos apresenta...
Na orelha do livro vemos um esclarecimento sobre a didática e proposta de abordagem: “Além dos capítulos que versam sobre assuntos como liberdade, moral, felicidade, religião etc, a autora sugere exercícios de autores apreciados pelos jovens. Embora simples e estreitamente ligado aos interesses da juventude, o livronão foge à didática perfeita e aos conceitos importantes e necessários para quem se inicia na filosofia”.
Um encaminhamento interessante ao final do livro é que a autora mostra uma trajetória histórica da filosofia e aponta estudos que devem ser seguidos a essa iniciação.
E se o leitor se interessar sugerimos a continuação desse estudo com o livro "O Cinema pensa", de Julio Cabrera que é um olhar da filosofia sobre a sétima arte...

sexta-feira, 14 de março de 2014

Shopping Center – A catedral das mercadorias (Valquíria Padilha, da Editora Boitempo).



A sociedade do capital também tem sua “religiosidade” que se manifesta na adoração e louvor das mercadorias num templo construído para isso: oShopping Center. Entender este centro como uma catedral das mercadorias é a proposta da autora no livro Shopping Center – a catedral das mercadorias
Num de seus capítulos a autora nos fala que nosso cotidiano é marcado por uma fraqueza do indivíduo, enquanto ser social e, portanto, se perdendo na confusão da cidadania atual. Confusão essa que entrou no labirinto da “sociedade de consumo” que embriaga as decisões e escolhas das pessoas perdidas na identificação de direitos e deveres. Nas palavras da autora “Não dá para imaginar que a liberdade de escolher entre dezenas de marcas de medicamentos para dor de cabeça se compare com a liberdade de optar por um ou outro sistema de saúde ou simplesmente ter direito a um sistema de saúde digno”. Padilha faz um percurso desse centro comercial desde o seu surgimento na década de 1930 até a crescente expansão que acompanhou as mutações da industrialização de oferta e demanda, tão forte e acelerado no século XX, como o nascimento de uma nova “cultura urbana”. Dentre várias coisas que intrigam nesse livro, o shopping center é entendido como um importante fenômeno da sociedade capitalista mundializada (acrescente globalizada, financeirista e macdonaldizada...). É o “bazar cultural mundializado”. Um das alfinetadas da autora, apresentadas na obra, é a referencia ao fato de que as ciências sociais não tem tido muito interesse e atenção em produzir obras (pesquisas) sobre esse fenômeno e marca iluminadas pelas teóricas sociológicas ou antropológicas.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Televisão & Educação - fruir e pensar a TV.


Olhar e pensar a tevê de maneira diferente do habitual e do cotidiano. Entender a tevê usando métodos das ciências sociais que possibilitem análises contundentes e críticas dos programas voltados para a formação do indivíduo enquanto ser social.
A proposta é viabilizar (e tornar visível) para o leitor que enquanto vemos os programas de televisão também outras pessoas - produtores, jornalistas, atores, roteiristas, diretores, criadores - estão nos olhando e quem sabe até nos analisando para assim reinventar os programas...
 É possível vermos na tevê muito do que somos (ou não) e até nossas crenças (in)verdades. A autora consegue com maestria fazer o leitor/estudioso pensar que de qualquer maneira estamos um pouco presentes no que é mostrado. Destaca a importância social e política, e quiçá ideológica, de se estudar essa temática e não a mídia como um todo, mas enfatiza que a subjetividade construída é o que chama atenção. E se a televisão for retirada do cotidiano da população brasileira? Conseguiremos sobreviver? Afetará nossa cultura?
Enfim é ler com calma, atenção e dedicação para ter os olhos abertos pelo saber do conhecimento e aumentar o grau da visão com os fundamentos filosóficos, ideológicos e até políticos que embasam a obra. 

sábado, 14 de setembro de 2013

A Grande Arte da Luz e da Sombra - Arqueologia do Cinema.



O livro A grande arte da luz e da sombra – arqueologia do cinema, de Laurent Mannoni é indicado a todos os que tem interesse em aprofundar sobre a história do cinema muito além do glamour que a indústria cultural divulga e ampliar, além das fronteiras e ideologias, as verdadeiras contribuições para a gestação, nascimento e crescimento da sétima arte. 
(MANNONI, Laurent. A grande arte da luz e da sombra – arqueologia do cinema. São Paulo: SENAC  São Paulo: UNESP, 2003.)

Essa obra nos mostra que foi no século XIX que as tentativas (e sonhos) de congelar momentos presentes de alguma situação/fato puderam se concretizar (inicialmente) a partir da criação/desenvolvimento técnico e evolução da fotografia, que serviu para registrar movimentos dos animais e ações da natureza e identificar (e distinguir) as características únicas do indivíduo. Mas essa técnica que vinha sendo buscada e pretendida a muitos anos/séculos pelos pesquisadores e estudiosos de séculos anteriores  - desde o XVI com Christian Huyigens, Athanasius Kircher, Jacques Charles, Étienne-Gaspar ‘Robertson’, Joseph Plateau, Pierre Séguin, Henry-Désiré Du Mont, Edward James Muybridge, Étienne-Jules Marey, -Emile Reynaud, Thomas Edison, Max Skaladanovsky entre tantos outros – não foi o único marco da modernidade que ocorreu/transmutou-se na virada do século XIX para o XX, mas veio reforçada simbolizadas/exemplificadas na mudança da paisagem visual e na velocidade/rapidez no cotidiano. 
É possível percebermos ainda que numa leitura em outro autor (GUNNING, 2004) que  é justamente no contexto novo, e de mudanças amplas, nos modos de trabalhar e produzir  com predomínio (e pressão) do relógio; nos modos de viver com a concentração de pessoas em boulevares para conhecer e buscar o moderno/novo/diferente; e o desenvolvimento de novas idéias no modo de produção capitalista com influência da ciência administrativa de F. Taylor e a linha de montagem de H. Ford, que  “O cinema instalou-se nessa rede de circulação como tecnologia e indústria e também como nova forma de experiência. Como indústria de entretenimento produzida em massa, com um sistema nacional de distribuição em 1909, o comércio cinematográfico explorou as redes de estrada de ferro antes percorridas pelos circuitos de vaudeville e trens de circos. Os primeiros gêneros do cinema, em especial aquelas formas aparentemente diversas como documentários de viagens e filmes de truques, visualizaram uma experiência moderna de alteração rápida, pela apresentação de visões estrangeiras, de locações remotas, ou pela criação, por meio da fotografia trucada, de uma sucessão de transformações que deslocavam a identidade estável de objetos e atores”. (GUNNING, 2004, p.34)
“Mas os registros feitos desses momentos através dos desenhos em placas ou papéis e principalmente pela fotografia compõem o novo panorama da segunda modernidade do capital e encaixa/classifica cada aspecto em seu lugar e importância pois passa a ser um olhar único dentro de um todo interrelacionado. E esse lugar importante e essencial que o cinema ocupou na virada do século XIX para o XX e ainda ocupa atualmente foi antecipado pela “comercialização das fotografias fixas, em especial o cartão-postal e o estereoscópio” (GUNNING, 2004, p.34) 

Esse cinema de nada seria como tal sem os avanços e ‘loucuras’ de abnegados nessa tentativa de parar um tempo ou registrá-lo para a eternidade e gerações futuras, e assim a utilidade da fotografia fixa foi além do uso policial para identificação e registro criminal de representar ficções de situações cotidianas em estúdios criados com esse propósito de moving pictures. É aqui que os estudos de Edward James Muybridge (1830-1904) e Ètienne-Jules Marey (1830-1904) para análise de movimentos corporais tornaram-se importantes e somaram para o avanço da fotografia no caminho do cinematógrafo e sua apresentação pública paga no final do século XIX. 
Foram vários os estudiosos (abnegados) que dedicaram suas vidas – desde a câmera escura e lanterna mágica até antes do cinematógrafo -  a  pesquisa com o intuito de manipular as imagens representativas da natureza em toda a sua imensidão e criar instrumentos ou aperfeiçoar técnicas que possibilitassem isso. Dentre esses está Emily Reynaud (Charles-Emily Reynaud-1844-1918) que é conhecido e citado, na maioria das vezes, como o inventor do praxinoscópio ou o pai da animação fez muito mais pelo aparecimento e pela evolução dessa sétima arte do que os sempre citados ‘inventores’ ou comerciantes das imagens em movimento. Foi devido a sua dedicação e autodidatismo que passou pelas lições e aprendizagens em montagem de instrumentos óticos e científicos, desenho industrial, aprendeu a fazer placas de projeção animadas e pinturas em vidro – além de estudar ciência e latim – e a promoção de cursos de fotografia e de ciência física que conquistou os fundamentos necessários para investir e fazer avançar as pesquisas sobre moving pictures.
Importante citar que o livro destaca ainda que uma das grandes contribuições de Reynaud foi a invenção do praxinoscópio -  cujo funcionamento é tão bem descrito no livro - (1876-1877) e com este o aperfeiçoamento das técnicas de projeção  das imagens que avançou para o teatro óptico – ampliação do primeiro aparelho – que representou um avanço enorme nas projeções animadas. O pesquisador Mannonni (2003, p. 374-378) afirma com clareza e defesa  que “Reynaud ultrapassou todos os seus antecessores em qualidade técnica e artística. Como Robertson antes dele, mas ainda melhor, oferecia longas sessões de projeção em cores, animadas e sonoras.[...] Reynaud não é, portanto, um “precursor”; o que ele fez foi cinema de verdade, tanto como espetáculo como “escritura do movimento.” Mas Reynaud não foi o único personagem/estudioso de destaque e nem a Europa  o único continente que corria atrás dessa busca de controle dos movimentos em imagens. 
É no contexto do século XIX que as  pesquisas anteriores foram coroadas e confluíram para a invenção do cinema, mas não sem ter ocorrido uma ‘corrida’ (final) entre os empresários-inventores e estudiosos para ver quem conseguia se consolidar (com sua invenção) na efetivação de uma série de representações públicas pagas (as PPPP). Nesse contexto apareceram os aperfeiçoadores ou ‘artesãos de última hora’ (MANNONNI, 2003) dos inventos conhecidos e comercializados e das técnicas já existentes, como Georges Demenÿ, os irmãos Otway e Gray Lathan (diretores da KiKinetoscope Exhibition Company – uma das empresas que explorou a invenção de Thomas A. Edison), Léon Gaumont, George Willian  de Bedts, os irmãos Pathé com a fundação da indústria/império cinematográfico com o nome Pathé Frères e os irmãos Auguste e Louis Lumiére (como industriais de fotografia). 
Para encerrar é importante destacar ainda que para muitos estudiosos do cinema como Araújo (1995), Bergan (2007), Sabadin (2009), Sadoul (1963) entre outros a data de  28 de dezembro de 1895 é o grande marco do início do cinema com a apresentação de 20 minutos de imagens em movimento feita pelos irmãos Lumiére no Salão Indiano Grand Café do Boulevard dês Capucines, em Paris considerada a primeira projeção pública paga (PPPP). Enfim é ler para aprender, compreender, para se deleitar e enxergar além da tela. 
Mannonni (2003, p. 57) conta que “A lanterna “mágica” representa a mais duradoura, a mais inventiva, a mais artística das idéias-mestras que antecederam o nascimento do cinema”.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Cinema como prática social - Graeme Turner.


A proposta do autor é interessante pois coloca o cinema como componente de um processo sociocultural, e não somente como “sétima arte” ou um olimpo de deuses do mercado cinematográfico que conquistaram seu sucesso através dos personagens fictícios. O autor faz uma análise da teoria das produções cinematográficas dentro de um contexto mais amplo que envolve outros setores da sociedade numa relação dialógica (e até dialética) com os roteiros e conteúdos dos filmes.
Nesse contexto “O filme deixa de ser um produto de uma indústria isolada e passa a fazer parte de uma gama de artigos culturais produzidos por grandes conglomerados multinacionais, cujo principal interesse está, provavelmente, mais na eletrônica ou no petróleo do que na construção de imagens para a tela” (TURNER, 1993, p. 15). A competição entre as produções e países torna-se desigual no momento em que os investimentos são desiguais e visam principalmente comercializar as produções fílmicas e tornar cada vez mais a arte um elemento de mercadoria. A mercadorização se expande cada vez mais e fugir dessa condição é sinal de fracasso empresarial cinematográfico, e de outro lado, competir com os grandes conglomerados torna-se uma fantasia e uma ilusão pois as estratégias de distribuição acontecem antes da produção propriamente dita.
É claro que o livro é muito mais rico e completo do que essas simples palavras mas a intenção foi mostrar que a leitura desse livro contribui muito com uma visão mais crítica do cinema e das produções nesse setor envolvendo os interesses do capital em se expandir em todas as esferas da reprodução social.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Guia Ilustrado Zahar – Cinema. Ronald Bergan


O autor Ronald Bergan é crítico de cinema conceituado noutros países pelo seu profundo conhecimento do assunto e o respeito que conquistou entre outros especialistas na sétima arte. É colaborador de diversos jornais britânicos, como o The Guardian, e ocupa o cargo de vice-presidente da Federação Internacional de Críticos de Filmes e dá palestras sobre o assunto em todo o mundo.
Seu livro é uma grande viagem pela história, pelos gêneros e as biografias interessantíssimas de atores e diretores que souberam atuar e fazer do cinema uma nova e permanente porta para um novo universo.
Sendo um cinéfilo ou não o leitor pode se deleitar ou desvendar detalhes de 100 obras-primas, ou então se guiar pela lista diretores do mundo todo de A a Z, passando por grandes estrelas e explicando como é o ciclo de vida de um filme, desde a ideia do argumento à estréia.
 A obra traz um panorama da cinematografia de países como Espanha, Índia, Japão e China, entre outros, além de analisar as características e a contribuição do cinema latino-americano em capítulos específicos – focando a América Central e a América do Sul -, Ronald Bergan comenta positivamente a tradição política dos cineastas destes países e destaca a obra de brasileiros como Glauber Rocha, Ruy Guerra, Cacá Diegues e Nelson Pereira dos Santos. Interessante destacar que Bergan lança um olhar, também, sobre o cinema latino-americano, nos anos 1980, que renasceu, e aparece uma lista de obras como ‘Central do Brasil,’ de Walter Salles, ‘Cidade de Deus,’ de Fernando Meirelles, ‘Nove rainhas,’ do argentino Fabián Bielinsky, e ‘Whisky,’ do uruguaio Pablo Stoll.
Com a leitura dessa obra a visão e prazer sobre cinema irá aumentar ou mudar, e até ampliar o conhecimento e assim o sujeito-receptor poderá assistir aos filmes com uma sustentação maior e quem sabe entender os festivais e a indústria cultural que conduz a maioria das produções.
Belíssimo livro que pode se tornar até uma obra de cabeceira.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Cinema - O Mundo Em Movimento.


Para ARAÚJO (2002, p. 22), […] “o cinema é uma arte em que a obra-prima e o filme medíocre distinguem-se freqüentemente pelos detalhes”. Leitura fácil, com estrutura didática simples e portanto qualquer curioso no tema poder entender o conteúdo. O autor é um dos grandes especialistas em cinema e um dos mais respeitados no Brasil. Interessante que o autor destaca/salienta que toda produção fílmica começa muito antes da produção quando escritor, diretor ou o produtor sentam, discutem e conversam para então colocar no papel a proposta com todos os argumentos e depois avançar ao próximo passo. Daí da pra vermos que o cinema é muito mais do que o marketing mostra e enaltece. Nessa obra Inácio Araújo monta uma ficha técnica do cinema, apresentando desde os principais elementos como o Diretor, o Produtor, os Atores entre outros além de fazer um breve comentário dos gêneros do cinema passando fazendo uma breve explicação de cada um. Legal ver que ele (o autor) resgata o cinema desde o seu surgimento, abordando cada evolução ocorrida, chegando até atualidade, mas enfatiza ainda como o cinema surgiu no Brasil e de que forma (e como) surgimento da televisão acabou modificando esta realidade. Enfim qualquer pessoa, desde estudantes a pesquisadores, que tenham interesse em conhecer a sétima arte e sua evolução e mudança podem ler com segurança essa obra e irão perceber a grande arte do século XX deve ser entendida muito além do seu produto final, que são os filmes reproduzidos nas telas de cinema. Ao final o autor apresenta uma lista dos principais gêneros, descrevendo-os, que seriam a Comédia, o Drama, o Policial, a Aventura, o Faroeste, o Filme Histórico, o Musical, o Fantástico, o Horror, o Documentário e o Seriado. O autor retoma também as escolas cinematográficas, como a do Expressionismo, que surge pós-Primeira Guerra, na Alemanha e a do Neo-realismo, que surge no pós-Segunda Guerra, na Itália, entre outras. Acredito que para iniciar a leitura, estudo e conhecimento sobre o cinema essa obra é ideal como introdução. Excelente leitura.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A cabeça de Steve Jobs, Leander Kahney.


É um livro interessante como todas as biografias e que antes de ser lido o leitor deve pensar no que procura, pois é uma obra que destaca toda a vida e dedicação empresarial do conhecido Steve Jobs desde seu começo ainda estudante e seu crescimento no meio tecnológico industrial da informática.
Sua leitura é fácil e com ideias até interessantes com abordagem voltada ao marketing, em forma de reportagem.
A obra não mostra um Steve Jobs líder mas sim um negociante moderno que passou várias fases e momentos na vida com empreendimento e vontade naquilo que acreditava no meio empresarial e do mercado.
No campo da direção empresaria o autor mostra que Steve Jobs forçava as pessoas a alcançarem uma performance muito acima de sua capacidade. Em razão disso, as pessoas que trabalham com ele sofrem, se cansam, mas se lembram da experiência como algo muito bom, muito positivo. Ele é intimidador dos funcionários e concorrentes.
A marca Apple é muito citada livro, claro, destacando que as lojas buscaram a inovação na experiência, com foco na compra pelo cliente, visando otimizar vendas de forma diferente. As características apresentadas pelo autor são: a loja da Apple é muito sedutora; a loja é uma ótima oportunidade de se ter contato direto com o público; no varejo que manda são três coisas: localização, localização e localização; a loja não é separada por zonas de produtos, como é comum no setor, mas por zonas de soluções; os vendedores não recebem comissão; o objetivo é não forçar vendas, que geram resultados no curto prazo; querem que a venda seja o primeiro passo de uma relação e não o último; criaram cargos diferenciados, para dar status para os melhores vendedores; o mais top é o Mac Genius (um balcão para suporte, usando o conceito de balcão de hotel, onde consumidor chega e resolve seu problema rápido).
O objetivo disso tudo no livro? Que o consumidor tenha a melhor experiência de compra da sua vida.

Mas para os amantes do cinema de animação vale ler o capítulo específico sobre a Pixar e como ela foi parar nas mãos de Steve Jobs, embora não apresente nada específico e único sobre cinema de animação e suas produções e nem sobre os roteiros das obras, os produtores as técnicas e tudo o mais. No entanto vale a pena desde que tenha muito cuidado na leitura.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Vida para o consumo, Zigmunt Baumann.


O livro do polonês Zigmunt Baumann é divido em cinco partes, sendo a Introdução: O segredo mais bem guardado da sociedade de consumidores, o Consumismo versus consumo, a Sociedade de consumidores, a Cultura consumista e as Baixas colaterais do consumismo, teses em que o estudioso procura mostrar as contradições do sistema do capital e sua extensão sobre os indivíduos nas sociedades capitalistas em que existem.
O autor consegue mostrar os vários efeitos que a atual sociedade de consumo provoca na vida dos indivíduos e suas relações, seja no amor, nos relacionamentos profissionais e afetivos, na segurança pessoal e coletiva, no consumo material e espiritual, no conforto humano e no próprio sentido da existência. Suas descrições críticas são tão bem elaboradas que chegam a incomodar os defensores do atual sistema que o classificam como pessimista e negativista, mas na verdade o que Baumann faz é uma análise simples, profunda, esclarecedora sem deixar de apontar possíveis soluções e saídas para as contradições existentes.
O livro nos leva a reflexões sobre os mecanismos de reforço da relação capital e trabalho, sobre estratégias e táticas de garantir uma mão-de-obra disciplinada, formatada e disponível dentro das necessidades (e exigências) do mercado. O panorama que exige da mão-de-obra um novo perfil coloca os indivíduos como pessoas que precisam esforçar-se para alcançar o status de empregado ideal, versátil, polivalente, generalista, com o mínimo de custos para a empresa e de certa maneira descartável. Cada indivíduo é, assim, uma mercadoria vendável seja como peça na engrenagem da produção ou como consumidor uma vez que o sistema do capita se estende para sua reprodução social.
Baumann consegue nos fazer refletir acerca de três ‘tipos ideais’ existentes na atualidade: o do consumo, o da sociedade de consumidores e o da cultura consumista. Mas os três não são imagens prontas ou modelos construídos de uma realidade, mas tentativas de construção para entendermos que nos possibilitam experiências inteligíveis que de outro pareceria condição caótica, fragmenta e inevitável.
Num dos capítulos é tratada a sociedade de consumidores como promotora de um estilo de vida e uma estratégia de vida toda voltada para o consumismo que rejeita opções alternativas negando-as ou sufocando-as, usando para isso o treinamento constante e as pressões cada vez mais precoce que incentivam o consumo desenfreado e incontrolável desde a infância. Ela precisa incentivar (ou criar) a vocação consumista com o estímulo aos desempenhos individuais usando para isso um bombardeio incessante de sugestões para instigar os indivíduos a adquirirem as novidades.
Esse tipo de sociedade renega os indivíduos que se recusam a entrar no jogo de comprar e descartar e comprar que são tratados e considerados inválidos ou consumistas fracassados e portanto e serão excluídos por suas faltam (por não terem).
Embora todo o livro seja interessante um dos destaques está na cultura consumista predominante no mundo atual capitalista em que o autor enfatiza que os modernos (ou pós-modernos) que se respeitam devem saber se livrar de coisas com datas vencidas e assim se vangloriar por poderem viver o excesso e a extravagância. O reflexo dessas ações são apresentadas como um alicerce um tanto quanto inseguro/instável em razão da incerteza – causada pelo excessos – de escolhas na vida e tudo continuar as ser ‘eternas’ tentativas mas numa velocidade fugaz e “sem” freio.
Aprender rápido e esquecer rápido. Consumir velozmente para mostrar que se renova sempre. Esse é um dos lemas do pós-modernismo e uma das coisas – de coisificação - apresentadas no livro.

domingo, 8 de setembro de 2013

O mundo de Disney.


É um livro bem específico por tratar da história dos desenhos animados, particularmente, a biografia de Walt Disney, suas as obras e personagens e a história da criação do império Disney. O autor, Álvaro de Moya, de enorme credibilidade entre os profissionais da área é um jornalista, escritor, produtor, ilustrador e diretor de cinema e televisão. É considerado por alguns como o maior especialista em histórias em quadrinhos do Brasil. Professor aposentado da Universidade de São Paulo, foi um dos organizadores da Primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos (junto com Jayme Cortez), entre outros, em 1951, na cidade de São Paulo.
É um livro prático e encantador, e com muitas informações que faz um passeio esclarecedor e cronológico das produções e suas relações com o contexto histórico em foram elaborados, e isso tudo com imagens das personagens, fotos da época, tiras e páginas de quadrinhos, além da reprodução de algumas capas.
Belíssima obra que o leitor irá deleitar-se e ampliar seu conhecimento sobre o tema e somado a leitura de Sebastien Denis poderá ter uma visão mais crítica sobre essa categoria da sétima arte, mais especificamente das produções do império Disney.
Com certeza vale a leitura!!!

sábado, 7 de setembro de 2013

A cultura da mídia na escola: Ensaios sobre cinema e educação.



Contando com profissionais de grande envergadura que refletem sobre as possibilidades de relações entre o cinema e a escola, o leitor é presenteado com os artigos “A escola vista pelo cinema: uma proposta de pesquisa”, “Cinema: instrumento reflexivo e pedagógico”, “O conceito de gênero e a construção dos sujeitos femininos na família: o uso do cinema nas reflexões educacionais”, “Mocinhas estranhas e monstros normais nos filmes da Disney” e “Sobre a lógica do controle na atualidade: o caso Stuart Little” que apresentam algumas reflexões sobre a qualidade da produção cultural que é oferecida às crianças e que devem ser questionadas e discutidas no ambiente escolar mediado pelos conhecimento das ciências humanas.
 O que lemos/vemos nesse livro é um convite ao desafio aos educadores para que usem outras linguagens passíveis na transmissão e produção do conhecimento, o que se torna possível com a ampliação da ação pedagógica. Ou seja, estar atento – e sem preconceito – a outros estímulos criativos que aparecem em nosso meio cultural como o cinema, por exemplo, que se amplia além das telonas e chega rapidamente às telinhas dos computadores ou dos celulares que tem se tornado produto de fácil acesso as crianças e jovens que diariamente vão às aulas com a intenção (e obrigação) de aprender e se formar. Por fim como usar essa mídia e suas produções – filmes de animação, por exemplo – nas aulas e preencherem positivamente os currículos escolares enriquecendo todo o trabalho pedagógico do profissional e mostrando outras realidades possíveis e viáveis na aprendizagem abordando conceitos novos ou antigos que influenciam na construção do cidadão atual? Essa e outras perguntas podem ser respondidas a partir da leitura do livro.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Crianças do consumo: a infância roubada.


Dra. Susan Linn nos proporciona nessa obra um desvelamento de parte da sociedade estadunidense no trato da saúde (e doença) em razão do consumo de alimentos industrializados principalmente por crianças (e adolescentes) que são bombardeados diariamente por vários tsunamis de publicidade das grandes e médias empresas.
Ler esse livro é uma oportunidade para aqueles que desejam conhecer parte dos EUA muito além dos parques temáticos ou das obras hollywoodianas, e mergulhar nas entranhas e ações das multinacionais de alimentos que exercem uma influência em setores da sociedade que os pequenos cidadãos e futuros consumidores estão presentes. Ela consegue comprovar por que a maioria dos cidadãos dos EUA estão nos índices das pessoas com os IMC mas elevados do mundo e porque projetos como Pessoas Saudáveis não conseguem ter o sucesso pretendido de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A psiquiatra estadunidense Susan Linn desenvolve uma luta aguerrida pela conscientização de famílias (e pais de alunos) em escolas frente aos ataques das publicidades televisivas, para “salvar” as crianças e jovens – ou ao menos distanciá-las/fazê-las refletir – dos ataques das grandes corporações de alimentos e bebidas nos setores/locais de presença constante desses pequenos consumidores. Diz Linn (2010) que a “Sociedade industrial está fazendo tudo para quê as crianças evitem de brincar, fazendo estas passarem muitas horas em frente a tevê. É importante se levantar contra as corporações que afetam a vida das crianças e seus prejuízos. Pra mim a luta é por uma campanha livre de publicidade infantil e para que as crianças desenvolvam sua criatividade livremente.”
As corporações norte-americanas (EUA) como Disney, Mattel, McDonald’s, Burger King, Exxon Mobil, Coca-Cola, Pepsi, Pizza Hut, Taco Bell, Kellog’s, Frito Lay etc., já vêem a algum tempo invadindo espaços deixados pelo Estado - fenômeno que se iniciou neste país do capitalismo central, com os projetos de parcerias empresa-escola ou a adoção de escolas públicas por empresas. A partir de pesquisas é sabido que na sociedade estadunidense isso não tem apresentado bons resultados, como diz Susan Linn (2006) ao apontar que essa invasão por parte de empresas dos setores produtivos - desde combustível a alimentos e bebidas - com investimento em milhões de dólares em publicidade sobre o cotidiano das famílias têm proporcionado não só o aumento de uma enfermidade que assola a vida da maioria dos cidadãos: a obesidade como também ratifica uma nova ‘pedagogia’ voltada para o mercado.
Nesse país (EUA) com a ocupação de espaços públicos deixados pelo Estado e com projetos de parceira empresa-escola a maior parte do material escolar/pedagógico - 80% - fornecido aos professores aprovam, aceitam e usam por serem estes mais vistosos, bonitos e coloridos. No entanto, esses recursos didáticos foram consideradas parciais ou incompletos, por promoverem acentuadamente o consumo de produtos e serviços da empresa financiadora (LINN, 2006).
E mesmo os livros infantis adquiridos pelos pais para terem o prazer de ler para seus filhos apresentam coloridos, imagens e personagens de campanhas de guloseimas que reproduzem as mesmas embalagens coloridas dos produtos. Dá para imaginar como ficaria uma versão (releitura) de João e Maria na floresta dentre/diante da casa de doces, se esta obra fosse editada/patrocinada por uma dessas empresas.
Enfim por esses e outros motivos é que a obra citada merece ser lida com atenção, dedicação e cuidado.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Por que a publicidade faz mal para crianças - PROJETO CRIANÇA E CONSUMO.


Todos que se incomodam com as propagandas excessivas apresentadas pelas várias mídias existentes e principalmente aquelas destinadas as crianças que objetivam torná-las cada vez mais consumidoras vorazes hoje e no futuro devem ler esse material produzido pelo Instituto Alana.
Dificilmente sabemos o que se passa além das propagandas da tevê e de outras mídias, como os processo jurídicos que as grandes empresas se metem por não respeitarem parte da lei brasileira que procura controlar os comerciais e suas divulgações em horários estabelecidos. A cartilha Por que a publicidade faz mal para crianças possibilita ao leitor uma visão jurídica, esclarecedora e incentivadora para que todos se unam e partam para a luta contra os abusos propagandísticos e os prejuízos que causam as crianças.
Mas não é nada sensacionalista ou sem fundamento teórico, pelo contrário, nos mostra um paralelo interessante, enriquecedor e seguro do panorama dessa condição em outros países que também como incentivo para que mais pessoas se engajem no cuidado com as crianças (e jovens).
O que os pais sabem de fato sobre o consumismo além do incentivo constante e diário de que ter é muito mais importante do que ser? Quantas vezes achamos engraçado crianças caricaturizarem personagens da animação ou então insistirem com seus pais que comprem material escolar, roupas, decalques, calçados, doces e salgados dos novos personagens infantis lançados pela mídia e reforçados nos cinemas nos períodos de férias escolares? Tudo isso é considerado normal. E em outros países? Será que existem leis que tentam ensinar aos familiares e exigir das empresas um controle maior das propagandas?
Pois bem a cartilha mostra, entre outras coisas, que em países como a Alemanha os programas infantis não podem ser interrompidos por publicidade e não se devem usar crianças para apresentar vantagens especiais e características de produtos não adequados a elas; na Áustria a publicidade é proibida nas escolas; na Bélgica não são permitidas propagandas voltadas a crianças menores de 12 anos na região flamenga. Cinco minutos antes ou depois dos programas infantis, não se pode veicular nenhum tipo de publicidade; no Canadá pessoas ou personagens conhecidos pelas crianças não podem promover ou endossar produtos ou serviços. Há limite de 8 minutos de publicidade comercial a cada hora de programação para crianças. Na província de Quebec a publicidade de produtos direcionados a crianças menores de 13 anos não é permitida em nenhuma mídia; na Dinamarca é proibido todo tipo de publicidade durante programas infantis e cinco minutos antes ou depois; nos Estados Unidos há um limite de 10 minutos e 30 segundos de publicidade por hora, nos fins de semana. Durante a semana são 12 minutos por hora. É proibida a vinculação de personagens infantis à venda de produtos nos intervalos de programas desses mesmos personagens. Mas a descrição em outros países não param aqui e se o leitor tiver um interesse em aprofundar sobre isso no Brasil e o que a nossa legislação, inclusive na Constituição Federal, fala sobre esse tema então você ler essa cartilha.
Um material indispensável a todos que tem uma preocupação com os seres humanos que estão sendo deixados para cuidar do planeta.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Cinema de Animação.



O autor é do mesmo nível de Laurent Mannoni, embora a obra em si tenha uma abordagem um tanto diferente e mais específica da animação propriamente dita. A abordagem passa por artistas como Émile Cohl, Norman Mclaren e Walt Disney entre outros de tamanha importância e envergadura e em universos diferentes que encanta o leitor – e sujeito-receptor de animações – e espectador e até mesmo ao especialista da ciência histórica e/ou pesquisador do cinema animado.
O Cinema de Animação é mostrado nos panoramas das técnicas, das temáticas e diferentes áreas abrangendo e reunindo perspectivas diferentes em narrativas díspares, mas sem deixar de mostrar, também, a influencia da publicidade, dos efeitos especiais, o cinema experimental (até independente) e fora do círculo comercial da indústria cultural.
É mais uma obra que merece que os olhos do leitor corram seus parágrafos e suas linhas para compreender a importância dessa categoria da sétima arte que passa pela técnica tradicional do celuloide, avança pelo sucesso global de longas-metragens como Toy Story, Shrek, etc., passa pela plasticina, e analisa a importância atual do 2D “misto” no mundo japonês (exemplo A Princesa Mononoke), enfim consegue mostrar a capacidade e potencial comercial e estético que a animação pode apresentar.
O olhar recai também sobre o 3D (digitalizado) que conduziu e apresentou algumas produções atuais que atraíram os olhos vorazes da indústria cultural que divulga e incentiva essa categoria nos grandes festivais internacionais que ‘liberam’ as produções que encontramos nas salas de cinema, na internet, na televisão, nos shoppings, nas festas infantis, etc.
Se queremos conhecer as diferentes perspectivas da animação do ponto de vista histórico, este livro consegue convencer o leitor e abrir os olhos pois o autor é um historiador do cinema como também produtor de obras no gênero e profissional de propaganda cinematográfica. É ler para conhecer, entender, aprender a criticar muito além do simples lazer. Afinal cinema é isso.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

O cinema e a invenção da vida moderna.



É mais um livro para aqueles que ‘sofrem’ uma de sede ou prazer desmedido de compreender o mundo moderno e sua relação com o cinema e como um influenciou o outro na construção de um legado belíssimo e contraditório/controverso no século XIX e XX.
Apresenta uma coletânea de ensaios que passeiam – aprofundadamente – por aspectos da vida urbana com olhar questionador sobre a pintura, os museus, um sensacionalismo peculiar, as propagandas e comércio de produtos (por catálogos, por exemplo), o papel e importância da fotografia como aliada de alguns setores das sociedades em estudo.
Uma obra riquíssima – a primeira de uma coleção – de pesquisas encantadoras e esclarecedoras da temática em si apresentadas por especialistas e profundos conhecedores. Os destaques apresentados passam pelo discurso jornalístico, análise de cartazes dispostos nas ruas, os estranhos encantamentos com o necrotério e a imagem da morte fetichizada. Mostra como a fotografia tornou-se útil e auxiliou o trabalho dos departamentos de polícia na tentativa de controlar de perto ações de indivíduos considerados marginais.