Pages

Labels

Mostrando postagens com marcador Reflexões Estudantis.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reflexões Estudantis.. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Poema desenhado


 Essa é uma ilustração feita por Bianca Vissicaro, de um trecho do poema “Passagem das horas”, de Fernando Pessoa (Álvaro de Campos), feita em papel canson utilizando canetas aquareláveis e uma caneta preta 0,2. Foi realizado para um trabalho da faculdade, no curso de Produção Multimídia, que consistia em ilustrar um poema de domínio público.

A posição dos desenhos no papel foi pensada de forma a guiar a leitura do poema também pelas imagens, desde o cofre em formato de coração, até passar pelas águas nas quais o barquinho corre, o sonho e a conclusão final do autor nessa primeira estrofe:

                                  “E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.”

 O poema é, em essência, o retrato do homem moderno que busca encontrar a si, que deseja acompanhar o correr ligeiro - e até maluco - do mundo, e encontrar nisso algum sentido, tirar uma conclusão; e sua conclusão é, por fim, que tudo é nada. Se vê num dilema entre o desejo de captar e pertencer em cada sentido de seu tempo, e a paralisia em que também se encontra, o que o faz sentir e ver o tempo escorrendo por seus dedos.

                                                     “Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...

Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...

Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,

Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir

E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.”

Fernando pessoa (Álvaro de Campos)

 

            Biografia acadêmica: 

A criadora da ilustração se chama Bianca Vissicaro, é estudante do curso de Produção Multimídia pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

 

sábado, 20 de março de 2021

A mitologia nos contos de fadas

 Olá pessoal!!!!! 

Demoramos mas voltamos. Esses tempos difíceis estão estão atropelando a tudo e a todos e por vezes o tempo foge do nosso controle. Nossa postagem de hoje vem carregado de simbolismo: mitologia e psicologia.

Novamente a jovem escritora Bianca vem nos brindar com um olhar diferente e ousado sobre coisas que estão em nosso cotidiano e mente desde criancinhas. Coisas que foram plantadas ou herdadas culturalmente. Vamos deixar a jovem falar, mais para nossa alegria. 

Felizes para sempre. Sempre fomos apresentados à essa ideia desde pequenos, com um leve empurrão dos contos de fadas. Mas antes de estar presente nas telonas, era contado na mitologia.

                                                                Mito de Eros e Psiquê

Resumidamente, o mito trata do amor entre Eros/Cupido, o deus do amor, e Psiquê, a mortal considerada tão bela, que foi capaz de esvaziar os templos de Vênus/Afrodite, e assim, provocar a ira da deusa.

Sua raiva era tanta, que ordenou que seu filho, Eros, acertasse a jovem com uma de suas flechas, para que a jovem se apaixonasse pela mais monstruosa das criaturas. Porém, por descuido do Cupido, acabou se ferindo com a flecha e se apaixonando pela jovem.

A mãe de Eros nunca aprovaria o casamento de seu filho com a mortal que provocou sua ruína, então, em um momento de vulnerabilidade do casal, afim de resgatar a confiança e o amor de Eros, Psiquê é colocada à prova por Vênus, em tarefas que ou seriam impossíveis de serem concluídas, ou poderiam leva-la à morte.

Então, na última – e mais difícil tarefa -, Psiquê cai em um sono profundo ao abrir o recipiente dado por Perséfone, em que continha a beleza dos deuses, e a beleza dos deuses não cabe aos olhos de mortais. Na tentativa de reanimar sua amada, Eros beija Psiquê, que acorda de seu sono profundo, conseguindo assim concluir a última tarefa proposta por Vênus, tornou-se deusa da alma, e casou-se com Eros.

Assim, Eros e Psiquê tiveram seu “felizes para sempre”.

A bela adormecida, 1959.

Segundo os contos de fadas, Aurora fora amaldiçoada quando ainda era apenas um bebê, por Malévola.

A maldição dizia que, em seu décimo sexto aniversário, a jovem espetaria o dedo no fuso de uma roca de fiar e cairia em um sono profundo, do qual só despertaria com um beijo de amor verdadeiro, mas, para alcançar a princesa, havia um grande roseiral envolto por espinhos.

Após atravessar o roseiral, o príncipe Phillip acorda Aurora de seu sono profundo.

Notou a sutil semelhança das histórias?

As atitudes extremas das “vilãs” com as jovens, os desafios por elas propostos com alto grau de dificuldade, a nítida relação da inveja em ambas as histórias, e, por último, mas não menos importante, a idealização do amor ideal e do “felizes para sempre”, marcados pelo beijo de amor verdadeiro.

No final das contas, os vilões dos contos de fadas são, na verdade, muito entendidos da mitologia grega.

(Referencias:https://amentemaravilhosa.com.br/mitos-eros-e-psique;  https://www.todamateria.com.br/o-nascimento-de-venus/; https://culturadoria.com.br/a-bela-adormecida-as-curiosidades-nos-60-anos-do-desenho/https://blog.humanarte.net/2014/02/louvre-1-cupido-e-psique.html?view=classic) 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

(Fonte: http://loveisnotmeasured.blogspot.com.br/2012/02/amor-de-carnaval.html)
Estranho mais que perfeito
Cora pensa que carnaval é um momento de espairecer e fugir da vida e dos problemas e foi por isso que ela decidiu sair à noite e quem sabe ter “um amor de carnaval” – louco, intenso e arrebatador, como um verdadeiro amor, não?
Que roupa seria melhor que aquela que mais brilha? Pois bem, Cora foi a própria estrela naquela noite, e é assim que ela se sente ao andar pela avenida com as amigas que decidem parar em algum lugar para observar os blocos passarem.
Em algum momento Cora é convidada a entrar no bloco que está passando e as amigas, para ajudarem, a empurram, porém sem querer ela esbarra em um garoto maravilhoso, lindo, como um Deus – palavras dela, não minhas – e Cora o olha de maneira carinhosa, corando.
Alan – vamos chamá-lo assim – simplesmente sorri, aproxima-se e a beija, pois quando a viu não pensou em mais nada além da Vênus a sua frente.

E assim, na noite do carnaval 2016 em um bloco ao qual Cora nem sabe o nome ela apaixona-se e beija um estranho mais que perfeito. 
Autoria de Nicole Lopes - aluna do 2º ano do Ensino Médio (São Paulo) 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Concurso Sua critica vale um livro - RESULTADO FINAL

Estamos aqui para divulgar o resultado final do concurso “Sua crítica vale um livro” e os premiados foram os jovens:

Matheus Eduardo Pontes Pereira - estudante 2º série do Ensino Médio pela análise do curta animado “A flor mais grande do mundo” (Juan Pablo Etcheverry – Portugal) e receberá como prêmio:
 - o livro “Trabalho e capitalismo global – o mundo do trabalho através do cinema de animação (Vol. 01)”

Juliana Camargo – estudante da 2ª série do Ensino Médio pela análise do documentário “Muito além do peso” (Maria Farinha Filmes e Instituto Alana) e receberá como prêmio:
  - o livro “Explorer – mundo adolescente na sociedade atual”
  - o livro “Trabalho e capitalismo global – o mundo do trabalho através do cinema de animação (Vol. 01)”
  - DVD com um clássico da animação mundial juntamente com uma análise crítica inédita da obra.

 Parabéns aos dois jovens pelo empenho, dedicação, leitura (e releitura) e estudo para conseguirem atingir as exigências e regras do concurso. Suas análises serão disponibilizadas no blog e serão enviadas aos blogs e sites parceiros.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Um Rap diferente...


Caros usuários é com prazer que apresentamos uma  produção escrita bem legal feita por  uma  jovem estudante do Ensino Médio que fez uma releitura de “O Velho do Restelo - Canto IV”  do livro Os Lusíadas (de Luis da Camões). A  ideia  foi fazer a análise de algo antigo, de leitura complexa, de forma que todos possam compreender, narrar o acontecido com linguagens atuais, e introduzir em um rap, que também é um conceito cultural recente, envolvendo assim uma temática renascentista, com uma cultura atual, para que assim pudesse abranger a todo o público sem ser de uma forma monótoma e dificultada, podendo facilitar então o domínio do assunto.

O Velho do Restelo - Canto IV


Cantamos agora um canto, de forma mais musicada,
D. Manuel I tem uma ideia inusitada
Navegar em novos mares, descobrir novos lugares
Surge então Vasco da Gama
O escolhido para as viagens;

Começou logo em seguida todos os preparativos
Chegou então o dia do tão grande ocorrido,
D. Manuel I
 Almejava a fortuna
Alcançar a sua glória,
O poder e a vitória.

Chegamos ao episódio
Do velho do Restelo,
De aspecto respeitável,
Mais de língua afiada,
Ficava observando,
E dando uma cutucada.
Tinha a mente fechada,
A idéia conservada.
As naus se despediam
E exclamando ele dizia:

Só podem estar querendo
Arranjar mais inimigos,
Me parece que esqueceram
Que ja têm rivais antigos,
Desastres terão
E nos enfraquecerão,
Só querem a sua glória
E o desejo de ter  fama,
Mas aquele que têm fama
Deita na sua própria cama;

Querem expandir o reino
Sem ter um governo forte,
Vão buscar a sorte
Mas podem achar a morte,
Vão lutar pela riqueza
brincando com a sorte.


Giovanna Ferrari  Abrahão
Estudante da    1ª série do 
Ensino Médio - 2015

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ainda somos a "Geração Coca-Cola"?

"Quando nascemos fomos programados a receber de vocês, nos empurraram com os enlatados de USA, de 9 às 6, desde pequenos nós comemos lixo, comercial, industrial" [...], já previa Renato Russo. O mundo em que hoje vivemos não difere dos ditos dos cantores de anos atrás.

("Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo. Quem roubou nossa coragem? Tudo é dor, e toda dor vem do desejo de não sentimos dor." - Renato Russo)

Na atual conjuntura, as pessoas, desde crianças, adquirem modelos da sociedade capitalista. Já nascem em um meio de consumo exagerado e desnecessário no qual se aprende inconscientemente a ilusão de que o ter gera felicidade.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Alana (ONG de Assistência Social) e IBGE (censo), cerca de 22% da população são crianças até 10 anos e 28% até 14 anos, estas, donas de uma média de 50 bilhões de reais quando o assunto é movimentação de mercado (Instituto Alana, 2013, SP). “O consumo nesta fase da vida, até os 12 anos de idade, é estimulado em primeiro lugar pela publicidade na televisão, seguido pelo uso de personagens famosos que fazem parte do imaginário infantil e pela embalagem dos produtos", afirma a advogada e coordenadora do projeto "Criança e Consumo", Isabela Henriques.
Não é somente por "falta de pulso" dos pais que hoje existe a questão de serem as crianças uma das parcelas mais altas em estímulo ao consumo, publicidade e cinema que também fazem parte dos meios de mais forte influência. Exemplo disso são os comerciais destinados à crianças que geralmente são exibidos em canais e horários específicos para esse tipo de telespectador.
"Inocentes" animações cinematográficas viram armas para quem não sabe enxergá-las de forma crítica, situações comuns de filmes são observadas e absorvidas de forma fácil, levando em conta a facilidade de transmissão de suas mensagens, já que o filme é destinado ao público infantil. Toy Story (Pixar, 1995) é uma das animações que podemos citar, pois trata de forma abrangente vários contextos nos quais crianças estão inseridas em um mundo de muitos brinquedos, passeios em ambientes propícios ao consumo excessivo (shoppings, lotados de redes de fast food), assistindo comerciais de TV falando sobre a necessidade de ter "esse" ou "aquele" brinquedo etc.
São inúmeras as causas pelas quais estimulam as crianças e jovens de hoje ao consumismo, cabe aos pais e a escola proporcionarem formas para ensinar o valor do dinheiro e o quão é importante ter consciência de que o ter não faz ninguém melhor. Quem sabe assim, será possível fazer valer os versos do grande poeta, "vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês" já que somos "o futuro da nação".
Portanto, leitor jovem como eu, será que o conteúdo da música Geração coca-cola, lançado em 1984 , ainda mexe com os jovens atuais ou serve para ações intimidativas e transformadoras na sociedade atual? Será que de fato estamos agindo como agentes históricos que usam seu "título de rebeldia" em benefício de um mundo mais agradável? Os jovens precisam mudar e assim interferir no mundo de forma a torná-lo um lugar melhor. Precisamos sonhar, se não as coisas não ganham corpo e força...

Texto por: Náyade Dessiree.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não ouse ousar!

Não tente, não se mova, não comente, não ouse! É exatamente o que querem de você, um ser robotizado, conformado em só existir, mas e se decepcionamos os dominantes, ousando?
Desde a antiguidade quem assume a liderança dificilmente vai permitir ser contrariado, ou criticado, com esse egoísmo humano fomos nos tornando individualistas, e logo queremos cada vez mais e mais poder.
Líderes bons claro que existem, e muitos, esses são os que ousaram inovar, e reinventar o que já havia de bom, mas os ruins, como imperadores e ditadores, são a maioria, a desgraçada maioria.
E quem são as pessoas que ao longo da história tiveram a ousadia de ter uma opinião própria? São os muitos que foram torturados, assassinados, presos e também honrados, vitoriosos, e eles ousaram, pois nem todos são afetados pela alienação que nos impuseram, logo podemos também não nos deixar massificar, basta ir um pouco alem.
Hoje em dia não há opressão, somos muito mais livres! Será mesmo? Em um ou outro lugar pode até ser, mas o mundo é quase todo capitalista, sendo assim existe desigualdade, existe opressão, o mundo ainda vê a ditadura, que esta sendo questionada e derrubada em determinados paises, mas num plano geral, existe mesmo a liberdade de ideias? No Brasil há uma grande disponibilidade de espaço para protestar, e quem o faz? 25.000 mil cidadãos apenas, que foram protestar a corrupção, entre 100.000.000 que estão aptos a sair nas ruas e ousar. Ao menos no Brasil o que falta não é liberdade, é ousadia.
Se não somos capazes de enfrentar algo assim, imagine esse “povo” vivendo a Idade das Trevas? Nem a boca abririam. Não temos mais a Santa (?) Inquisição amedrontando, nem as tropas nazistas, ou mesmo o poder romano, estamos apenas presos a nos mesmos, a mentalidade fraca que nos impuseram.
Onde estão os Luteros para reformar a igreja? Que volta a se perder, onde estão os Lenins para defender igualdade, comunismo? E os Luther king para aclamar às nações menos preconceito? Os Spartacus para guerrear em prol da base da sociedade, os trabalhadores? Onde estão as Joanas D’arc para libertar seu povo?
Eles estão mortos, os sonhos deles estão vivos, em mim, e em quem quer ousar, em uma minoria forte, que é oprimida pela maioria fraca.
Para destruir uma civilização, basta corromper seus jovens, e é isso que estamos vendo, quantos jovens estão se deixando levar pelas futilidades que o mundo apresenta, alguns morrem por isso, e quando surge um diferente, um ousado, é ignorado, e assim foi com Isaac Newton em sua juventude, mas ele não se oprimiu, diferente de muitos.
E a mídia, não poderia deixar de citar esse instrumento de revolução, e massificação, leigos são os que a tem como única fonte de informação, a Rede Globo e suas novelas, a Record com seu jornalismo, o SBT e seus programas de auditório, até que ponto isso é entretenimento, e até que ponto é alienação? Isso vai da consciência de cada um, com a Internet é o mesmo, depende de quem usa.
A mídia, o governo, os ricos, estão conectados para se manter na soberania, quem pode enfrentá-los, quem pode ousar ser ousado?
 Marina Silva defendeu uma causa nobre na ultima eleição, surpreendeu no resultado final, pondo em questão a veracidade das pesquisas, mas perdeu, e tantos outros políticos que tentam melhorar, as vazes se destacam, quase nunca conseguem, temos que apoiar, temos que agir, temos que ousar ter ousadia, e é agora.
Mas por que eu? Não devemos fazer essa pergunta, devemos fazer esse: Por que não eu? Por que eu não posso ser um revolucionário, ao menos posso tentar?
Quem me dera ao pensar em ousar as pessoas ousassem, pois melhorar o mundo é algo muito discutido, e idiotas são os que tentam por algo em pratica, acho que basta, o melhor é: Não ouse ousar! (Ignore a frase, e ouse).

 João Vitor Rubini. (16 anos, aluno do 2º ano do Ensino Médio)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A mulher inferior/interior.

Ao longo da história a mulher sempre foi subjugada, isso é uma triste verdade, claro que temos alguns exemplos de que nem sempre foi assim, elas já deram as últimas palavras como na Grécia Antiga e na península itálica, mas esse tempo durou muito pouco.
A opressão da mulher já passou - ainda bem - pelo seu auge e vive em declínio, fato esse a ser comemorado? Talvez, isso depende dos rumos que vamos tomar, de que adianta ter mulheres no poder agindo identicamente aos homens? Ou se elas apenas trocarem de colocação com os homens? É viver para ver.
Toda história sobre a vida das mulheres nos passa uma idéia de pena, devemos ter dó das coitadinhas oprimidas? JAMAIS! Pena não é o sentimento certo, muito menos a raiva dos homens, ou indiferença pela história, o que devemos ter é admiração, isto mesmo, admirar essas mulheres que mesmo com toda essa repreensão que ainda sofrem na atualidade, lutam, estão guerreando pelos seus direitos, elas marcaram a história de um jeito e ainda vão marcar de modo que nenhum homem poderá pôr defeito.
Nem preciso citar as dores delas, pelo menos o básico você leitor deve saber, imagine a vida de um escravo, sofrida não é? Então que tal uma mulher escrava, que além de toda humilhação e exploração, de todas as formas, tinham que ver seu povo destruído.
Esse tempo ainda não passou, hoje em dia existem certos países onde esse tempo é a realidade, o problema é que existem culturas ensinando a subestimar o poder feminino, não dá para acabar com a história de um povo por causa disso, mas ao menos podemos minimizar as dores de algumas culturas, sem perder a essência histórica.
No fim, acabamos percebendo que nem mulheres nem homens são superiores, apenas deveriam coexistir um ajudando o outro, cada um em seu posto, não havendo superiores nem inferiores, bons casais vivendo na tão sonhada e nunca conquistada paz.
E se olharmos, bem no fundo do coração de cada homem, iremos ver que existe uma dose de feminismo, como explica a biologia: As mulheres possuem os cromossomos XX, e o homem os XY, todo homem teria metade de uma mulher, o X.
Finalizando, a mulher está no interior da mente dos homens, nos inspirando, e fazendo-nos amar, também está no interior da sociedade que o homem ainda lidera. Elas não são inferiores, apenas foram (às vezes ainda são) colocadas como tal, e isso é o que as motiva a irem atrás de “igualdade”, quem sabe chegamos lá mais rápido do que imaginamos, para isso basta ação.
Esse não é um sonho fácil, será muito complicado obter uma sociedade justa, pois nascemos com tendências tanto para o bem, como para o mal, mas nada impede que tentemos construir um mundo melhor.

João Vitor Rubini (16 anos, aluno do 2º ano do Ensino Médio)

domingo, 22 de setembro de 2013

E então a Burguesia proclamou: Liberdade, Igualdade e Fraternidade!

Desde a Revolução Francesa (meados de 1789), e até mesmo antes dela, fazer falsas promessas - ou não cumpri-las - para o povo já era algo “comum” e estratégico, com o intuito de erguer-se politicamente ou ter algum poder e controle sobre a sociedade.
A Revolução Francesa foi citada devido o grande destaque que se atribui até hoje à frase burguesa: “Liberdade, igualdade e fraternidade”.
Naquela época, para conseguir tirar a “grande nobreza” de seu poder, era necessário dominar o povo. O clero, subordinado aos nobres, pendia para o lado que mais lhe favorecia. O exército, que tinha de ser fiel àquele que pagasse-os e/ou os obrigasse a trabalhar. Burgueses, poder econômico buscavam seus direitos políticos. Sobrava assim quem ordenada - os nobres -, e quem era subordinado, querendo ou não.
Essa condição permaneceu até a burguesia querer mudanças e exigir deixar de ser só um poder econômico e passar a ser o líder social e influencias nas ordens do país. Assim, a burguesia construiu seu projeto de uma nova França.
A classe nobre não daria o braço a torcer e pedir ajuda aos trabalhadores, que talvez, cegos pela ignorância, se deixariam enganar uma vez mais.
Burgueses ganharam a confiança da população prometendo uma liberdade que não existiria, uma igualdade que obviamente seria impossível acontecer, e uma fraternidade que claramente não seria cumprida.
Depois do esforço revolucionário de dez anos e da confiança conquistada junto ao povo, jogar aquelas promessas no ralo após terem conseguido o poder não era o que a classe trabalhadora esperava, mas obviamente não se preocupar em cumprir com as promessas e controlar o povo confortava a burguesia, que de 1800 em diante era o poder.
Pior mesmo é acreditar que ainda hoje existam burgueses contemporâneos e trabalhadores ignorantes que se deixam enganar por promessas parecidas, proclamadas, e jamais cumpridas.

Texto por: Náyade Dessiree.

sábado, 21 de setembro de 2013

Capitalismo – Mídia e consumismo desenfreado.

Faz um tempo que se vê claramente a influência exercida pela mídia quando o assunto é consumismo. Não é preciso números para se notar que grande parte do movimento econômico (não só a economia brasileira) se através do marketing (“a alma do negócio”) veiculada pelos meios. São comunicações de carros, - que geralmente retratam o imaginário para dar uma impressão do quão fora do comum aquele produto pode ser; de cervejas - com belas mulheres e muitos amigos em um bar a comemorar; de cigarros, de comidas, de brinquedos etc. O ponto principal a ser discutido é a ilusão e felicidade que ali se encontram. Com essa falsa ilusão de que para ser feliz é preciso ter aquilo, muitas vezes o consumidor se vê cego pelo desejo de ter o produto e é preciso ‘ser feliz’ como as pessoas irreais daqueles comerciais.
O consumismo desenfreado não é só coisa de gente grande não. Pesquisas feitas pelo Instituto Alana – instituto que desenvolve atividades que despertam a consciência crítica da sociedade brasileira a respeito das práticas de consumo de produtos e serviços por crianças e adolescentes – aqui e no exterior, afirmam que o consumo exagerado entre as crianças já deixou há muito tempo de ser um problema somente dos norte-americanos. De acordo com a pesquisa – subtítulo “No Brasil” – do Painel Nacional de Televisão do Ibope, as crianças brasileiras de  quatro a onze anos, que em 2004  assistiram a 4 horas, 48 minutos e 54 segundos de tevê por dia, passaram a ver 4 horas, 51 minutos e 19 segundos, em 2005. Passando o Brasil a frente dos Estados Unidos na quantidade de tempo em que as crianças usam a televisão. Outro dado importando que se encontra na pesquisa é sobre o nível de obesidade causada graças à influência da mídia através de comerciais – estes vistos pelas crianças como sedutores – sobre redes de fast food e alimentação pouco saudável. De acordo com a pesquisa feita pelo IBGE no ano de 2011 é capaz de se notar claramente a situação alarmante, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiros sofrem sobrepeso e 7,3% obesidade, a maioria de classe média / alta, e agora vem à pergunta, por que isso acontece mais em crianças e adolescentes que possuem mais dinheiro? Simples, o acesso que se tem para encontrar alimento não saudável, a facilidade de se ter com o que dinheiro que possui, muitos trocam a “comida da mamãe” porque viram um comercial na televisão sobre um sanduiche gorduroso que vem com ‘brinquedinhos’ e correm atrás desse tipo de comida pelo simples fato de estarem acorrentados pelos comerciais sedutores e suas promessas de felicidade.
Tudo se torna mais fácil quando se tem dinheiro, é assim que se move o sistema capitalista, afinal, uma criança ou adolescente que tem condições mínimas de assistir uma televisão, obviamente ficará encantada e provavelmente vai querer algo que ali viu, entretanto, guardará aquele desejo pra si ou pedirá o objeto aos seus pais, que se não tiverem condições irão dizer que não e apesar da vontade da criança ou adolescente de ter aquilo, ela terá de se conformar com a situação e esquecerá. Entretanto, se a situação se repetir com um jovem de classe média/alta ele claramente fará pressão sobre seus pais até que os mesmos realizem seus desejos.
Hoje em dia a maiorias das pessoas vivem escravas da mídia e das propagandas que a mesma oferece impondo modelos de felicidade. Pode-se até a afirmar que provavelmente aqueles que mexem com propagandas se tornem ‘subordinados’ da mesma.
Alguns se vêem aprisionados, tem consciência e pouco fazem para mudar, outros vivem de forma cega em um mundo de inconsequentes.

Texto por: Náyade Dessiree.