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sábado, 16 de março de 2019

“HUMANIDADE versus PRECIPÍCIO - triste realidade”


Direção: Steve Cuttz
País: Inglaterra
Ano: 2016
Duração: 3:51
Quem dos nossos seguidores já assistiu a animação “O menino e o mundo” do animador Alê Abreu deve ter percebido que o protagonista da maravilhosa obra é um menino... preocupado em entender como o mundo a sua volta funciona em vários setores de nossa sociedade mas principalmente pelo avanço de um sistema hediondo que promove massacres em todos os seres que nele vivem. Alguns privilegiados escapam dos seus ataques...
A animação “HUMANIDADE versus PRECIPÍCIO - triste realidade” também tem um protagonista: um menino que a cada situação que vê e vivencia  ele se entristece. Ele não tem um nome específico e você dar-lhe o nome que que achar mais apropriado no contexto. Pense nisso...
Ele se vê em meio a uma multidão de pessoas – homens e mulheres jovens ou adultos – e alterna seu caminhar entre passos  lentos e apressados enquanto outros da multidão estão num mesmo ritmo indo de algum lugar para outro sendo conduzidos por um pequeno aperelho tecnológico: o celular. Nada do que acontece em  volta dessas interessa ou importa  e somente o menino vê coisas que os outros não conseguem mais enxergar, pois é como se tivessem sido abduzidos ou infectados de um vírus que os tornou simples zumbis sociais.
Uma agressão física (espancamento) não causa estranheza mas deve ser filmado e colocado na internet.
A mulher na rua nada observa mas em meio as outras luzes – neon das propagandas e dos automóveis – só quer registrar importante(??).
Num ônibus lotado as pessoas sérias e tristes não se olham, não se veem e não se enxergam... As pessoas naturalizaram as agressões e descasos com valores morais quando uma mulher é molestada.
A falsidade da felicidade dos selfies predomina...
Uns tratam os outros como coisas: as mulher que escolhe o homem como se fosse um pedaço de carne e a ciência (com as cirurgias plásticas) que incentiva a doença mental da beleza eterna, desesperadora e “necessária”. Confundindo a geração  saúde com a geração plástica dos (as) cirurgiados (as).
A criança se desespera para chamar a atenção dos adultos (homens e mulheres) e por não conseguir também se entristece num sentimento normal de estar só e ver as pessoas morrendo. A moça que quer o suicídio vira alvo de fotos e flashes e seus desespero vira um espetáculo e a humanidade caminha para um precipício.   
Em tempo: o título original é “Voce está perdido no  mundo igual a mim?” da banda  Moby & The Void Pacific Choi. Conheça um pouco do ilustrador Steve Cuttz acessando o endereço https://nanu.blog.br/steve-cutts-na-nuzeando/