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quarta-feira, 7 de junho de 2023

Reflexão como presente aos seguidores: TV, escola e cinema juntos...?

 Olá pessoal!!!! Mais um presente aos seguidores do blog: "TV, escola e cinema - uma integração possível e necessária". 

(Fonte: Canal 6 Editora)


(...) O texto apresenta informações, reflexões e fontes bibliográficas amplas que permitem um aprofundamento na compreensão da relação possível e intricada, até, entre as três ferramentas de comunicação ainda muito usada na atualidade. Veja esse trecho: 
Se consideramos a criança  um sujeito-receptor, então ela estará se formando a partir dessas informações, e “adotando modos de vida – ser e estar – em sociedade” (FOULCAULT apud FISCHER, 2005, p. 3). 

Acessem parte do texto:

(...) Outro elemento importante nessa análise é a televisão que na maioria das vezes exerce uma influência (como o cinema) sobre o telespectador  em seus hábitos, comportamentos, ações e pensamentos. 

Até a expansão da televisão, o cotidiano de fim de tarde e noite ou dos finais de semana ou feriados eram de conversas em família, com visitas e com vizinhos, fossem dentro de casa ou nas calçadas. Com a televisão sendo popularizada (seu consumo) e entrando nas casas, as conversas foram sendo substituídas por ouvir e ver os programas e mesmo pelo silêncio total; e na acelerada vida moderna (ou pós-moderna) após 1970 e de 1980 em diante, esta veio a substituir, como faz até hoje na maioria dos lares, a ausência dos pais e outros familiares na educação e “cuidados” com as crianças e jovens. Foi a dita chegada da “babá-eletrônica”, que entretia e entretém nos vários momentos em casa e cria formas de comportamento baseados em estereótipos que o veículo transmite para a formação do espectador, passando (mostrando) estilos de vida, valores e atividades intelectuais segundo um padrão muitas vezes fora da realidade brasileira mas muito próximos dos EUA.

Pesquisas, estudos e artigos[1] alertam que é preciso ter cuidado com o uso da televisão em casa, mas também afirmam que ela não tem o poder completo de hipnotizar as crianças robotizando-as desde sua tenra idade até sua fase adulta, mas pode criar condições que culminam com atos violentos, como roubos, agressões físicas ou verbais.

A televisão é um instrumento que serve, em grande parte, para representar e divulgar a ideologia dominante, lançar modelos de comportamento, de relações e de ações em grupo ou individuais que interessam e são necessários a essa estrutura. Os que temem, não concordam ou não aceitam os conteúdos veiculados podem ver (conhecer) alguns elementos importantes, como o conhecimento das leis que orientam sobre os direitos das crianças e adolescentes, a existência de um mediador e, até, um controle externo sobre essa mídia.

Um fator que nos interessa aqui é o papel da escola diante da situação descrita acima, ou seja, o papel da televisão e, principalmente, de identificação dos elementos predominantes nos programas de televisão, em especial, os desenhos animados. Embora possam parecer ingênuos e meramente de entretenimento, carregam e apresentam o que é chamado de fundo moral, e coisas (conceitos) além da moralidade dentro da abordagem de um tema ou foco apresentado. A escola pode agir como mediador além da família? Como?

As pesquisadoras Mendonça, Mendes e Souza (2005) após levantamentos realizados, defendem que o desenho animado pode ser usado como recurso pedagógico dentro de um contexto para contribuir na formação da criança e dos adolescentes (acréscimo do autor). Essa criança enquanto ser, é a mesma que – considerando datas e períodos diferentes –, em outros tempos, como dissemos anteriormente, podia se reunir com os colegas para brincadeiras enquanto seus pais e vizinhos conversavam, mas que foi assaltada pelos encantos da televisão. Em casa, as crianças recebem informações e, na maioria das vezes, as repetem ou “[...] recriam de acordo com o seu mundo, mas incorporam o que vêem e ouvem” (apud MENDONÇA; MENDES; SOUZA, 2005, online, p. 2). 
(Fonte: TV, escola e cinema - uma integração possível e necessária, Cláudio Pinto)


[1] Citamos alguns dos estudos sobre o tema mas temos consciência da existência de vários outros com visões diferentes: “Entre quatro paredes”(COSTA,2002), “Televisão, Criança e Imaginário e Educação: Dilemas e Diálogos” (PACHECO,1999);  “Crianças e televisão: uma abordagem semiótica”( HODGE &TRIPP, 1986); “A tevê e a criança que te vê “ (REZENDE & REZENDE,1993); “Televisão & Educação- fruir e pensar TV” (FISCHER, 2001).