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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Trinta metros do Muro de Berlim removidos para acesso a condomínio de luxo.

Mesmo depois dos protestos, uma empresa alemã decidiu continuar com a remoção de parte da histórica estrutura na capital alemã.
Uma empresa de construção civil alemã enfrentou diversos protestos no início deste mês por querer transferir parte do Muro de Berlim para um jardim. A deslocação de perto de 30 metros da histórica estrutura foi justificada com a construção de uma estrada de acesso a um futuro condomínio de luxo. Esta quinta-feira, ainda de madrugada, foi feita a remoção dos últimos cinco metros.
Esta não foi a primeira vez que uma decisão semelhante foi tomada, mas deixou os berlinenses indignados por ter como único fim a construção de um acesso a um complexo de edifícios de luxo junto ao rio Spree.
No início do mês, a empresa de construção civil tinha já conseguido retirar 23 metros do muro, mas os protestos dos habitantes fizeram com que o presidente da câmara pedisse para negociar uma alternativa com a empresa responsável pelas obras. Depois de quatro semanas de negociações sem resultados, o responsável pelo projeto decidiu avançar. E avançou “às escondidas”, como disse o líder de um grupo de artistas da East Side Gallery, nome dado à porção de muro de onde foi retirada a secção. “Não acredito que vieram aqui à noite às escondidas. Só vêem dinheiro. Não entendem a relevância histórica e a arte deste sítio”, acrescentou Kani Alavi, citado pelo The Guardian.
A remoção de quase cinco metros do muro foi feita na madrugada de quinta-feira, pelas 5h locais (4h em Lisboa), com a proteção de cerca de 250 polícias alemães. “Se tiram daqui o muro, estão a tirar a alma da cidade”, disse um dos moradores da zona.
O Muro de Berlim começou a ser demolido a 9 de Novembro de 1989. O que restou foi pintado por cerca de 120 artistas. A East Side Gallery é o pedaço de muro mais comprido do que resta do original, com 1,3 quilômetros de comprimento, e é considerada uma obra de arte. Hoje, é o segundo monumento alemão mais visitado em Berlim.

(Fonte: RODRIGUES, Pedro Nunes. Disponível aqui)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ministro japonês diz que idosos doentes devem “morrer rapidamente” para o bem da economia.


Os custos dos tratamentos que prolongam a vida a pessoas com doenças sem recuperação são desnecessários para a economia japonesa, defende Taro Aso.

O ministro já veio admitir que as suas declarações foram desapropriadas KIM KYUNG-HOON/REUTERS (Fonte da imagem: Público)

O ministro japonês das Finanças, em funções há cerca de um mês, defende que os cuidados de saúde para doentes mais idosos significam um custo desnecessário para o país e que a estes pacientes deveria ser permitido morrer rapidamente para aliviar a pesada carga financeira que representa o seu tratamento na economia japonesa.
 “Que Deus não permita que sejam forçados a viver quando querem morrer. Eu iria acordar sentindo-me incrivelmente mal por saber que o tratamento era totalmente pago pelo Governo”. A frase de Taro Aso, citada pelo Guardian, foi proferida durante uma reunião do conselho nacional dedicada às reformas da segurança social e ao orçamento para a saúde. As declarações tornam-se ainda mais polêmicas quando o ministro defendeu que “o problema só será resolvido” se deixar os idosos “morrer rapidamente”.
Num país com quase um quarto de uma população de 128 milhões de pessoas com mais de 60 anos, Taro Aso, de 72 anos, acrescenta que vai recusar qualquer assistência médica se ficar gravemente doente. “Não preciso desse tipo de cuidados”, disse, citado pela comunicação social japonesa, segundo a qual o ministro terá dado indicações à família para que não receba qualquer tratamento que lhe prolongue a vida.
Após tornadas públicas as declarações, Taro Aso terá tentado explicar-se aos jornalistas. O ministro das Finanças admitiu que utilizou uma linguagem “desapropriada”, mas sublinhou que apenas se referia às suas opções pessoais. “Disse o que pessoalmente acredito e não o que deveria ser o sistema nacional de saúde”
 Esta não é a primeira vez que o responsável japonês se vê envolvido em polêmica. No passado, fez piadas sobre doentes de Alzheimer e disse que gostaria que o Japão fosse um país tão bem-sucedido que “os judeus mais ricos ali quisessem viver”. (Fonte: Público)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Animação do Muro de Berlim - Entre Muros - A Fronteira Interna da Alemanha.

Durante 28 anos, de 1961 a 1989, a população de Berlim, ex-capital do Reich alemão, com mais de três milhões de pessoas, padeceu uma experiência ímpar na história moderna: viu a cidade ser dividida por um imenso muro. Situação de verdadeira esquizofrenia geopolítica que cortou-a em duas partes, cada uma delas governada por regimes políticos ideologicamente inimigos. Abominação provocada pela guerra fria, a grosseira parede foi durante aqueles anos todos o símbolo da rivalidade entre Leste e Oeste, e, símbolo da disputa entre as potências EUA e URSS.
Berlim fora conquistada pelo Exército Vermelho (URSS) em maio de 1945. De comum acordo, acertado pelo tratado de Yalta e confirmado pelo de Potsdam, entre 1944-45, não importando quem colocasse a bota ou a lagarta do tanque por primeiro na capital do III Reich, comprometia-se a dividi-la com os demais aliados. Desta maneira, apesar dos soviéticos tomarem antes a cidade, e também um expressivo território ao seu redor, tiveram que ceder o lado ocidental dela para os três outros membros da Grande Aliança, vitoriosa em 1945. Assim Berlim viu-se administrada, a partir de 8 de maio de 1945, em quatro setores: o russo, majoritário, o americano, o inglês e o francês. Com o azedar da relação entre os vencedores, em 1948 as quatro zonas reduziram-se a duas: a soviética e a ocidental.
Na manhã bem cedo do dia 13 de agosto de 1961, a população de Berlim, próxima à linha que separava a cidade em duas partes, foi despertada por barulhos estranhos, exagerados. Ao abrirem suas janelas, depararam-se com um inusitado movimento nas ruas a sua frente. Vários Vopos, os milicianos da RDA (República Democrática da Alemanha), a Alemanha comunista, com seus uniformes verde-ruço, acompanhados por patrulhas armadas, estendiam de um poste a outro um interminável arame farpado que alongou-se, nos meses seguintes, por 37 quilômetros adentro da zona residencial da cidade. Enquanto isso, atrás deles, trabalhadores desembarcavam dos caminhões descarregando tijolos, blocos de concreto e sacos de cimento.

Ao tempo em que algum deles feriam o duro solo com picaretas e britadeiras, outros começavam a preparar a argamassa. Assim, do nada, começou a brotar um muro, o pavoroso Mauer, como o chamavam os alemães. 
(Fonte: EducaTerra)

terça-feira, 1 de julho de 2014

Desenho da URSS de 1942 satirizando Hitler.


Dados técnicos - Desenho da URSS de 1942 satirizando Hitler.
Diretor/Produtor – L. Amalrik e O. Kodhataeva, Souyzmultifilm.

País – URSS.
Ano – 1942.
Tempo – 00:03:41.


Resumo: Na época, o confronto III Reich x URSS estava acirrado. (2ª guerra mundial). (Fonte: Eba UFMG).