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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Toy Story 1 - Pixar.

Na produção do primeiro filme de Toy Story (Pixar - 1995) é possível enxergar várias situações que são um tanto que “naturais” em nosso cotidiano – o que, para deixar claro, não faz delas algo a ser observado com bons olhos, muito pelo contrário –.
Para analisarmos, comecemos por uma situação-exemplo básica, você provavelmente já deve ter visto ao ir a uma loja, alguma criança de “birra” exigindo um brinquedo (ou comida) ao pai ou mãe, usando uma metralhadora de argumentos pelos quais “merece” ou “precisa” ter esse ou aquele objeto... Quem tem filhos deve saber como é isso, quem não tem, vá a um supermercado – por exemplo – e espere a cena acontecer diante de seus olhos. O fato é, você sabe qual é um dos motivos que leva uma criança a uma atitude dessas? Por que existe desde pequeno a necessidade de se obter algo novo? É aí que chegamos a onde queremos chegar, nos filmes. Antes que qualquer um venha falar sobre esta “imposição” de colocar as animações como os vilões da história, já me adianto em dizer que não existe somente um vilão, e sim vários, que unidos moldam um ideal de sistema no qual existe essa necessidade de se obter bens materiais, divulgados principalmente, pela mídia. Como já citei, alguns filmes fazem parte disso, de forma que divulgam e espalham pelo mundo ideais capitalistas pregados em telas de cinema ou de televisões. Então por que não começar a criar aos poucos um senso crítico desde crianças? Afinal, é quando crianças que aprendemos boa parte das coisas que podemos carregar pelo resto de nossas vidas, como falar, certo? Sabemos é que isso se inicia quando ouvimos e codificamos o que nos é passado e após um tempo, aprendemos a falar. Então, obviamente, não é errado afirmar que crianças podem absorver sim algumas mensagens que são passadas em filmes.
Agora que entendemos um pouco sobre o assunto, vamos tentar responder às perguntas feitas no início do texto de forma a relacionar com o filme analisado. É importante citar que é necessário assistir ao vídeo que aparece no final do texto antes de ler os parágrafos seguintes, pois assim é possível contextualizar.    
No primeiro trecho separado, os brinquedos de Andy abrem a porta ansiosos por saber qual é o novo presente de aniversário de seu dono, porém, se surpreendem ao encontrarem Woody no chão, e não na cama, local onde geralmente fica por ser o “brinquedo favorito”. Logo, o Dinossauro se apronta em perguntar assustado “Você foi substituído?”, deixando clara a situação:“brinquedos novos sempre substituem brinquedos velhos”. 
No segundo trecho, quando os outros vão conhecer Buzz (presente de Andy), ficam impressionados com a tamanha tecnologia que ele carrega e o comparam com Woody, que faz coisas que o novo também faz, porém, utilizando de menos modernidade. Uma fala interessante a se citar é uma do Dinossauro, que ao explicar sobre o lugar de onde veio, afirma que sua origem é do Paraguai, mas não tem certeza se todas suas peças vieram do mesmo país, mostrando (em termos simples) a globalização. Mais adiante Buzz demonstra suas habilidades, surpreendendo os brinquedos antigos, que ficam admirados por ele saber voar, ter “lasers” e ser um “patrulheiro do espaço”. 
Toda essa situação foi gerada a partir de outra: em certa parte do filme (não citada no vídeo), aparece na TV um comercial do Patrulheiro, que expõe a situação de que este era primeiramente um desenho animado e após isto virou um brinquedo, neste trecho existe a relação comercial com o uso da televisão mais o consumo de brinquedos por crianças, ou seja, logo após o lançamento deste desenho, usa-se a criança como um objeto para venda de seu produto (no caso personagem) da animação lançada, sabendo que isso geraria lucros para a empresa que os fizesse. 
E é com isso que voltamos em nossa primeira situação, aquela, da criança na loja, se lembra? No filme, é clara a concepção de que o novo substitui o velho e que a mídia emprega um ideal de consumismo. 
Importante deixar claro que não há somente isso a ser analisado, ainda em Toy Story 1 podemos abordar sobre obesidade, redes de fast food, trabalho em grupo etc. Mas isso deixamos para outra postagem.
Veja abaixo trechos do filme que separamos:


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(obs: análise ainda sujeita a alterações)

Análise por: Náyade Dessiree.

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