Consumo excessivo. Esse é
um dos principais dilemas da atualidade. Com A História das Coisas, vídeo
caseiro baseado em desenhos, Annie Leornad conquistou o mundo ao mostrar os
efeitos de uma economia que valoriza o acúmulo de riquezas e de “coisas”. No vídeo
de 20 minutos, Annie apresenta os resultados de mais de dez anos de pesquisas
sobre o sistema de produção, distribuição, consumo e descarte de produtos no
mundo.
Nesta entrevista, a ativista fala sobre suas experiências,
aventuras e como devemos focar na qualidade de vida ao invés do consumo
exacerbado. Ela conta sobre suas inspirações para o vídeo e o que a levou a
escrever um livro contendo detalhes dessas experiências, sobre educação
ambiental, sustentabilidade e sobre o papel da sociedade na instituição de uma
nova cultura econômica e de consumo.
O filme, que deu origem ao livro, foi visto por mais de 15
milhões de pessoas, sendo o Brasil um dos países com maior número de
telespectadores. Annie, que vive com a filha em uma comunidade em Berkley, na
Califórnia, ainda destaca a importância de temos um superávit de coisas que
realmente importam: o tempo para o lazer, qualidade de vida e a necessidade da
sociedade reconsiderar suas prioridades, aprendendo a viver melhor e com menos.
Confira a entrevista:
• Efraim Neto - Como surgiu a ideia de escrever o livro "A História das Coisas"?
• Annie Leonard – Em uma inversão da ordem habitual. Primeiramente eu fiz o filme e, em seguida, escrevi o livro. O filme resumiu o que aprendi em 20 anos de viagens e estudos. Visitei fábricas e depósitos em todo o mundo e pude mostrar, em primeira mão, tudo sobre os impactos que a nossa forma de produzir e descartar “coisas” provocam em nossa saúde, no meio ambiente e na sociedade. A História das Coisas conta essas experiências de forma engraçada. Depois que o filme saiu, recebi dezenas de milhares de emails pedindo mais informações sobre as histórias que ali contei. Fiquei tão feliz que as pessoas queriam falar sobre essas questões – geralmente mantidas fora da discussão pública -, que tentei responder a cada email. Mas isso não funcionou. Em vez disso, decidi escrever um livro que incluísse mais detalhes sobre as histórias apresentadas no filme, algo que pudesse também falar das minhas viagens.
• EN – Em seu livro, você traz diversos questionamentos a respeito do estilo de vida humano. Qual a principal mensagem que você pretende transmitir com a História das Coisas?
• AL – Minha mensagem principal é que podemos produzir coisas melhores e com menos. A mudança é possível. O nosso meio ambiente e corpos estão repletos de produtos químicos tóxicos. A nossa economia, por meio do consumo excessivo, gera quantidades enormes de resíduos e trata as pessoas pobres como descartáveis. Não precisa ser dessa maneira. Pode ser diferente. Com melhores tecnologias, políticas e mudanças na cultura, podemos ter uma sociedade que seja saudável, sustentável e justa.
• EN – Relatórios recentes do UNEP têm apontando que necessitamos modificar os nossos meios de produção e consumo. O que você pensa a respeito disso?
• AL – Isso está correto. Muitos acadêmicos e cientistas estão dizendo a mesma coisa. A humanidade está usando, a cada ano, mais recursos e gerando mais lixo do que o planeta pode suportar. A Global Footprint Network calcula que globalmente estamos usando 1,5 planetas. Os limites da Terra nos obrigam a aprender a usar os recursos de forma mais sensata, desperdiçar menos e compartilhar mais.
Isto significa que para melhorar nossas práticas precisamos tornar a produção industrial mais eficiente, mais saudável e sustentável. Há muito espaço para melhorar. Muitas empresas – grandes, médias e pequenas -, em todo mundo, estão demonstrando, através da redução do uso de água, energia e resíduos, compromisso com a sustentabilidade. A mudança é possível, mas requer redesenhar tudo: os produtos, as fábricas e o sistema energético, em especial. Precisamos cultivar os valores culturais em torno da qualidade de vida, da saúde, da felicidade e da comunidade.
• EN – Em sua opinião, quais são os maiores gargalos do nosso modelo econômico?
Confira a entrevista:
• Efraim Neto - Como surgiu a ideia de escrever o livro "A História das Coisas"?
• Annie Leonard – Em uma inversão da ordem habitual. Primeiramente eu fiz o filme e, em seguida, escrevi o livro. O filme resumiu o que aprendi em 20 anos de viagens e estudos. Visitei fábricas e depósitos em todo o mundo e pude mostrar, em primeira mão, tudo sobre os impactos que a nossa forma de produzir e descartar “coisas” provocam em nossa saúde, no meio ambiente e na sociedade. A História das Coisas conta essas experiências de forma engraçada. Depois que o filme saiu, recebi dezenas de milhares de emails pedindo mais informações sobre as histórias que ali contei. Fiquei tão feliz que as pessoas queriam falar sobre essas questões – geralmente mantidas fora da discussão pública -, que tentei responder a cada email. Mas isso não funcionou. Em vez disso, decidi escrever um livro que incluísse mais detalhes sobre as histórias apresentadas no filme, algo que pudesse também falar das minhas viagens.
• EN – Em seu livro, você traz diversos questionamentos a respeito do estilo de vida humano. Qual a principal mensagem que você pretende transmitir com a História das Coisas?
• AL – Minha mensagem principal é que podemos produzir coisas melhores e com menos. A mudança é possível. O nosso meio ambiente e corpos estão repletos de produtos químicos tóxicos. A nossa economia, por meio do consumo excessivo, gera quantidades enormes de resíduos e trata as pessoas pobres como descartáveis. Não precisa ser dessa maneira. Pode ser diferente. Com melhores tecnologias, políticas e mudanças na cultura, podemos ter uma sociedade que seja saudável, sustentável e justa.
• EN – Relatórios recentes do UNEP têm apontando que necessitamos modificar os nossos meios de produção e consumo. O que você pensa a respeito disso?
• AL – Isso está correto. Muitos acadêmicos e cientistas estão dizendo a mesma coisa. A humanidade está usando, a cada ano, mais recursos e gerando mais lixo do que o planeta pode suportar. A Global Footprint Network calcula que globalmente estamos usando 1,5 planetas. Os limites da Terra nos obrigam a aprender a usar os recursos de forma mais sensata, desperdiçar menos e compartilhar mais.
Isto significa que para melhorar nossas práticas precisamos tornar a produção industrial mais eficiente, mais saudável e sustentável. Há muito espaço para melhorar. Muitas empresas – grandes, médias e pequenas -, em todo mundo, estão demonstrando, através da redução do uso de água, energia e resíduos, compromisso com a sustentabilidade. A mudança é possível, mas requer redesenhar tudo: os produtos, as fábricas e o sistema energético, em especial. Precisamos cultivar os valores culturais em torno da qualidade de vida, da saúde, da felicidade e da comunidade.
• EN – Em sua opinião, quais são os maiores gargalos do nosso modelo econômico?
• AL – Há uma série de problemas fundamentais com o nosso atual
modelo econômico. Um dos principais problemas é o foco no crescimento econômico
e o PIB como o único instrumento para mensurar como a nossa sociedade faz isso.
O crescimento econômico deveria ser um instrumento para avançarmos em direção
aos objetivos sociais: comunidades mais saudáveis, pessoas mais felizes,
ambientes mais limpos e boas escolas. Enquanto isso não mudar, viveremos
uma situação ambígua, onde acidentes automobilísticos, derramamento de resíduos
perigosos, construção de prisões e problemas de saúde parecem ser considerados
positivos, uma vez que auxiliam o crescimento econômico.
Se eu pudesse mudar alguma coisa, criaria uma ferramenta pela qual pudéssemos avaliar o que estamos fazendo como sociedade. Não contaríamos apenas quanto dinheiro temos, mas sim se os nossos filhos estão saudáveis, se temos oportunidades de trabalho decente e educação de qualidade, se os membros da comunidade sentem-se seguros e felizes, se nosso ar está limpo.
• EN – Será que estamos diante de uma mudança de paradigma na nossa realidade material?
• AL – Há muitos lugares onde as atitudes estão mudando. Há, ainda, milhões de pessoas no mundo que vivem na pobreza, que vão dormir com fome e que precisam de ferramentas para chegar até um nível básico de saúde e dignidade. Na outra extremidade, há outros milhões que acreditam que o caminho da felicidade e segurança é no acumulo de riquezas materiais.
Mas essa atitude está mudando. Depois de décadas de longas horas gastas para que se consumissem mais coisas, estamos nos sentido sobrecarregados. Nossas casas estão cheias, nossas garagens estão cheias. Mesmo com o crescimento explosivo do “mini-armazenamento”, a indústria não pode manter-se com todas as coisas que as pessoas têm acumulado. Passamos os finais de semana comprando mais coisas. Por isso, temos menos amigos; estamos mais isolados socialmente, sem perceber que as coisas mais importantes na vida não são as “coisas” que acumulamos.
• EF – Que mudanças estão ocorrendo na economia tradicional após a ampliação do debate sobre a sustentabilidade?
• AL – É impossível ignorar a gravidade da crise ecológica. Em todo o mundo, muitos líderes já compreendem que o modelo de produção atual, cheio de resíduos, não terá futuro, por isso querem traçar um novo caminho. As empresas estão aprendendo a eliminar produtos tóxicos dos seus processos de produção, a reclicar a água e materiais, e, maciçamente, a reduzir o uso de energia. Claro, ainda existem empresas que estão resistindo às mudanças. Mas elas ainda serão obrigadas a aplicarem iniciativas de sustentabilidade. É possível, dentro de todos os setores produtivos, ter um negócio próspero com princípios da sustentabilidade.
• EN – No livro, você relata histórias que mudaram sua percepção sobre as “coisas” e a economia. Qual dessas histórias mais chamou a sua atenção?
• AL – A primeira vez que fiquei interessada em como as “coisas” influenciavam a economia foi quando eu ainda era apenas uma estudante da Universidade de Nova Iorque. Todos os dias no caminho para a aula, eu me perguntava sobre a quantidade grande de lixo nas ruas, algo esperando apenas para ser coletado. Me perguntava o que havia nas sacolas e para onde elas eram enviadas. Certa vez, ainda estudante, fui até o aterro municipal. Foi uma experiência impressionante ver para onde todas as “coisas” iam: eletrodomésticos, roupas, livros, alimentos, calçados, embalagens. Isso me fez pensar que deve haver alguma forma de melhor atender as nossas necessidades sem desperdiçarmos tantos materiais. Então decidi passar os últimos 20 anos estudando isso: para onde as nossas “coisas” vão, o que há nelas e o que podemos fazer de melhor. Se você ainda não foi ao aterro de sua cidade, recomento veementemente que vá. Ele lhe dará uma perspectiva fascinante sobre a sociedade do consumo que os anunciantes promovem tão fortemente.
• EN – Qual o nosso maior desafio? Mudar a economia ou mudar as nossas atitudes?
• AL – Precisamos fazer as duas coisas. A crise ecológica e social que enfrentamos é tão grande e tão interligada que todos nós estamos envolvidos. Precisamos mudar nossas políticas econômicas e industriais de modo a promover ambientes saudáveis, sustentáveis e meios justos de produção, assim como nos libertamos dessa obsessão pelo consumo. Basicamente, precisamos apertar o “reset” em nossa sociedade. Precisamos de diferentes tipos de edificações e de um novo planejamento urbano que incentive o transporte público e a congregação entre as comunidades. Precisamos redesenhar produtos para que eles possam estar livres de produtos químicos tóxicos e terem maior durabilidade. Precisamos de um sistema de gestão dos resíduos que incida sobre a reutilização e não apenas na queima ou soterramento das “coisas”. Com a mudança nas sociedades, os líderes e os empresários serão obrigados a pôr a sustentabilidade em prática. As leis precisam mudar junto com as atitudes. Está tudo interligado.
• EN – Ao descrever as suas experiências, você fala de ética, direitos e deveres. Podemos afirmar que a crise no modelo econômico é uma crise ética?
• AL – Essa é uma crise ética, física, biológica e social. O nosso atual modelo econômico está destruindo nossos ecossistemas e os recursosque o planeta dispõe, promove o aprofundamento das desigualdades e nega oportunidades para milhões de pessoas. É um sistema que premia alguns enquanto exclui outros, eliminando oportunidades para as gerações futuras. Para superar essas crises, podemos e devemos fazer melhor do que estamos fazendo.
• EN – O que você pensa sobre economia verde?
• AL – Infelizmente não há uma definição comum para a economia verde. Algumas empresas estão tentando lucrar com um “pacote verde”, mas continuam fazendo o velho: lixos e produtos tóxicos e descartáveis. Elas não estão indo para o caminho da sustentabilidade, mas sim se utilizando de “greenwashing”. No entanto, há uma economia verde que pode significar um sistema que funcione dentro dos limites do planeta, sendo compatível com os sistemas ecológicos que sustentam a vida e que é saudável para as pessoas.
Na verdade, dado que temos de aprender a viver dentro dos limites do planeta, uma economia que pode promover mudanças não deve ser vista como uma opção entre muitas, mas sim como a única opção. E todos nós podemos ajudar a instituir esse modelo econômico. Para isso, precisamos exigir oredesenho e uma revisão completa de nossa economia, e não nos contentarmos com as pequenas e aparentes mudanças que temos visto até o momento.
Se eu pudesse mudar alguma coisa, criaria uma ferramenta pela qual pudéssemos avaliar o que estamos fazendo como sociedade. Não contaríamos apenas quanto dinheiro temos, mas sim se os nossos filhos estão saudáveis, se temos oportunidades de trabalho decente e educação de qualidade, se os membros da comunidade sentem-se seguros e felizes, se nosso ar está limpo.
• EN – Será que estamos diante de uma mudança de paradigma na nossa realidade material?
• AL – Há muitos lugares onde as atitudes estão mudando. Há, ainda, milhões de pessoas no mundo que vivem na pobreza, que vão dormir com fome e que precisam de ferramentas para chegar até um nível básico de saúde e dignidade. Na outra extremidade, há outros milhões que acreditam que o caminho da felicidade e segurança é no acumulo de riquezas materiais.
Mas essa atitude está mudando. Depois de décadas de longas horas gastas para que se consumissem mais coisas, estamos nos sentido sobrecarregados. Nossas casas estão cheias, nossas garagens estão cheias. Mesmo com o crescimento explosivo do “mini-armazenamento”, a indústria não pode manter-se com todas as coisas que as pessoas têm acumulado. Passamos os finais de semana comprando mais coisas. Por isso, temos menos amigos; estamos mais isolados socialmente, sem perceber que as coisas mais importantes na vida não são as “coisas” que acumulamos.
• EF – Que mudanças estão ocorrendo na economia tradicional após a ampliação do debate sobre a sustentabilidade?
• AL – É impossível ignorar a gravidade da crise ecológica. Em todo o mundo, muitos líderes já compreendem que o modelo de produção atual, cheio de resíduos, não terá futuro, por isso querem traçar um novo caminho. As empresas estão aprendendo a eliminar produtos tóxicos dos seus processos de produção, a reclicar a água e materiais, e, maciçamente, a reduzir o uso de energia. Claro, ainda existem empresas que estão resistindo às mudanças. Mas elas ainda serão obrigadas a aplicarem iniciativas de sustentabilidade. É possível, dentro de todos os setores produtivos, ter um negócio próspero com princípios da sustentabilidade.
• EN – No livro, você relata histórias que mudaram sua percepção sobre as “coisas” e a economia. Qual dessas histórias mais chamou a sua atenção?
• AL – A primeira vez que fiquei interessada em como as “coisas” influenciavam a economia foi quando eu ainda era apenas uma estudante da Universidade de Nova Iorque. Todos os dias no caminho para a aula, eu me perguntava sobre a quantidade grande de lixo nas ruas, algo esperando apenas para ser coletado. Me perguntava o que havia nas sacolas e para onde elas eram enviadas. Certa vez, ainda estudante, fui até o aterro municipal. Foi uma experiência impressionante ver para onde todas as “coisas” iam: eletrodomésticos, roupas, livros, alimentos, calçados, embalagens. Isso me fez pensar que deve haver alguma forma de melhor atender as nossas necessidades sem desperdiçarmos tantos materiais. Então decidi passar os últimos 20 anos estudando isso: para onde as nossas “coisas” vão, o que há nelas e o que podemos fazer de melhor. Se você ainda não foi ao aterro de sua cidade, recomento veementemente que vá. Ele lhe dará uma perspectiva fascinante sobre a sociedade do consumo que os anunciantes promovem tão fortemente.
• EN – Qual o nosso maior desafio? Mudar a economia ou mudar as nossas atitudes?
• AL – Precisamos fazer as duas coisas. A crise ecológica e social que enfrentamos é tão grande e tão interligada que todos nós estamos envolvidos. Precisamos mudar nossas políticas econômicas e industriais de modo a promover ambientes saudáveis, sustentáveis e meios justos de produção, assim como nos libertamos dessa obsessão pelo consumo. Basicamente, precisamos apertar o “reset” em nossa sociedade. Precisamos de diferentes tipos de edificações e de um novo planejamento urbano que incentive o transporte público e a congregação entre as comunidades. Precisamos redesenhar produtos para que eles possam estar livres de produtos químicos tóxicos e terem maior durabilidade. Precisamos de um sistema de gestão dos resíduos que incida sobre a reutilização e não apenas na queima ou soterramento das “coisas”. Com a mudança nas sociedades, os líderes e os empresários serão obrigados a pôr a sustentabilidade em prática. As leis precisam mudar junto com as atitudes. Está tudo interligado.
• EN – Ao descrever as suas experiências, você fala de ética, direitos e deveres. Podemos afirmar que a crise no modelo econômico é uma crise ética?
• AL – Essa é uma crise ética, física, biológica e social. O nosso atual modelo econômico está destruindo nossos ecossistemas e os recursosque o planeta dispõe, promove o aprofundamento das desigualdades e nega oportunidades para milhões de pessoas. É um sistema que premia alguns enquanto exclui outros, eliminando oportunidades para as gerações futuras. Para superar essas crises, podemos e devemos fazer melhor do que estamos fazendo.
• EN – O que você pensa sobre economia verde?
• AL – Infelizmente não há uma definição comum para a economia verde. Algumas empresas estão tentando lucrar com um “pacote verde”, mas continuam fazendo o velho: lixos e produtos tóxicos e descartáveis. Elas não estão indo para o caminho da sustentabilidade, mas sim se utilizando de “greenwashing”. No entanto, há uma economia verde que pode significar um sistema que funcione dentro dos limites do planeta, sendo compatível com os sistemas ecológicos que sustentam a vida e que é saudável para as pessoas.
Na verdade, dado que temos de aprender a viver dentro dos limites do planeta, uma economia que pode promover mudanças não deve ser vista como uma opção entre muitas, mas sim como a única opção. E todos nós podemos ajudar a instituir esse modelo econômico. Para isso, precisamos exigir oredesenho e uma revisão completa de nossa economia, e não nos contentarmos com as pequenas e aparentes mudanças que temos visto até o momento.
(Fonte: Mercado Ético)
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