Pages

Labels

sexta-feira, 14 de março de 2014

Shopping Center – A catedral das mercadorias (Valquíria Padilha, da Editora Boitempo).



A sociedade do capital também tem sua “religiosidade” que se manifesta na adoração e louvor das mercadorias num templo construído para isso: oShopping Center. Entender este centro como uma catedral das mercadorias é a proposta da autora no livro Shopping Center – a catedral das mercadorias
Num de seus capítulos a autora nos fala que nosso cotidiano é marcado por uma fraqueza do indivíduo, enquanto ser social e, portanto, se perdendo na confusão da cidadania atual. Confusão essa que entrou no labirinto da “sociedade de consumo” que embriaga as decisões e escolhas das pessoas perdidas na identificação de direitos e deveres. Nas palavras da autora “Não dá para imaginar que a liberdade de escolher entre dezenas de marcas de medicamentos para dor de cabeça se compare com a liberdade de optar por um ou outro sistema de saúde ou simplesmente ter direito a um sistema de saúde digno”. Padilha faz um percurso desse centro comercial desde o seu surgimento na década de 1930 até a crescente expansão que acompanhou as mutações da industrialização de oferta e demanda, tão forte e acelerado no século XX, como o nascimento de uma nova “cultura urbana”. Dentre várias coisas que intrigam nesse livro, o shopping center é entendido como um importante fenômeno da sociedade capitalista mundializada (acrescente globalizada, financeirista e macdonaldizada...). É o “bazar cultural mundializado”. Um das alfinetadas da autora, apresentadas na obra, é a referencia ao fato de que as ciências sociais não tem tido muito interesse e atenção em produzir obras (pesquisas) sobre esse fenômeno e marca iluminadas pelas teóricas sociológicas ou antropológicas.

1 comentários:

  1. Oi! Surgimento dos shopping centers nesse formato que conhecemos hoje é nos anos 1950, nos Estados Unidos. Abraços

    ResponderExcluir