Olá pessoal!!!! Mais um presente aos seguidores do blog: "TV, escola e cinema - uma integração possível e necessária".
Acessem parte do texto:
(...) Outro elemento importante nessa análise é a televisão que na maioria das vezes exerce uma influência (como o cinema) sobre o telespectador em seus hábitos, comportamentos, ações e pensamentos.
Até a expansão da televisão, o cotidiano de fim de tarde e noite ou dos
finais de semana ou feriados eram de conversas em família, com visitas e com
vizinhos, fossem dentro de casa ou nas calçadas. Com a televisão sendo
popularizada (seu consumo) e entrando nas casas, as conversas foram sendo
substituídas por ouvir e ver os programas e mesmo pelo silêncio total; e na
acelerada vida moderna (ou pós-moderna) após 1970 e de 1980 em diante, esta
veio a substituir, como faz até hoje na maioria dos lares, a ausência dos pais
e outros familiares na educação e “cuidados” com as crianças e jovens. Foi a
dita chegada da “babá-eletrônica”, que entretia e entretém nos vários momentos
em casa e cria formas de comportamento baseados em estereótipos que o veículo
transmite para a formação do espectador, passando (mostrando) estilos de vida,
valores e atividades intelectuais segundo um padrão muitas vezes fora da
realidade brasileira mas muito próximos dos EUA.
Pesquisas, estudos e artigos[1] alertam
que é preciso ter cuidado com o uso da televisão em casa, mas também afirmam
que ela não tem o poder completo de hipnotizar as crianças robotizando-as desde
sua tenra idade até sua fase adulta, mas pode criar condições que culminam com
atos violentos, como roubos, agressões físicas ou verbais.
A televisão é um instrumento que serve, em grande parte, para representar
e divulgar a ideologia dominante, lançar modelos
de comportamento, de relações e de ações em
grupo ou individuais que interessam e são necessários a essa estrutura. Os que
temem, não concordam ou não aceitam os conteúdos veiculados podem ver
(conhecer) alguns elementos importantes, como o conhecimento das leis que
orientam sobre os direitos das crianças e adolescentes, a existência de um
mediador e, até, um controle externo sobre essa mídia.
Um fator que nos interessa aqui é o papel da escola diante da situação
descrita acima, ou seja, o papel da televisão e, principalmente, de
identificação dos elementos predominantes nos programas de televisão, em
especial, os desenhos animados. Embora possam parecer ingênuos e meramente de
entretenimento, carregam e apresentam o que é chamado de fundo moral, e coisas
(conceitos) além da moralidade dentro da abordagem de um tema ou foco
apresentado. A escola pode agir como mediador além da família? Como?
[1] Citamos
alguns dos estudos sobre o tema mas temos consciência da existência de vários
outros com visões diferentes: “Entre quatro paredes”(COSTA,2002), “Televisão, Criança e Imaginário e
Educação: Dilemas e Diálogos” (PACHECO,1999); “Crianças e televisão: uma abordagem
semiótica”( HODGE &TRIPP, 1986); “A tevê e
a criança que te vê “ (REZENDE & REZENDE,1993); “Televisão & Educação-
fruir e pensar TV” (FISCHER, 2001).