Bao
Direção: Domee Shi
Ano: 2018
Duração: 3:13”
Atenção: O endereço do vídeo também apresenta outros
desenhos que não nops interessa exibir e analisar neste momento.
Cheio das metáforas e alegorias comuns às produções da
Pixar, “Bao” faz o retrato de uma mãe superprotetora, e convida a refletir
sobre os excessos de culpa e preocupação que costuma acompanhar a experiência
da maternidade. Dirigido pela cineasta chinesa Domee Shi, o filme trabalha
com elementos de fantasia, e coloca ao expectador um estranhamento já nas cenas
iniciais, quando o filho surge na história.
A protagonista é uma dona de casa que cozinha bolinhos para o marido
com muita dedicação. Um dia, um dos bolinhos cria pernas, braços e rosto, e
ganha feições de bebê. Depois de alguns segundos elaborando aquele novo e
inusitado ser, a mulher se afeiçoa a ele e passa a criá-lo com cuidado extremo.Então, a história se desenvolve a partir da relação
entre eles, um misto de amor incondicional e necessidade de proteção absoluta
de tudo e de todos, o que passa a incomodar o filho, agora já um homem criado
com seus próprios desejos e aspirações. Uma pista disso é que a figura do pai
desaparece da história, pois todo o afeto, a dedicação e a rotina da mãe passa
a ser exclusividade do filho. “Bao” é ambientado na Ásia, e, apesar de trazer na
rotina da casa diferenças de hábitos, culinária e ritmo de vida, o filme mostra
também que o vínculo materno-filial é uma linguagem universal. Atemporal,
poético e provocador. (Fonte: https://lunetas.com.br/curta-bao/
Acesso: 20, dez, 2019)