Direção: Steve Cuttz
País: Inglaterra
Ano: 2016
Duração: 3:51
Quem dos nossos seguidores já
assistiu a animação “O menino e o mundo” do animador Alê Abreu deve ter
percebido que o protagonista da maravilhosa obra é um menino... preocupado em
entender como o mundo a sua volta funciona em vários setores de nossa sociedade
mas principalmente pelo avanço de um sistema hediondo que promove massacres em
todos os seres que nele vivem. Alguns privilegiados escapam dos seus ataques...
A animação “HUMANIDADE
versus PRECIPÍCIO - triste realidade” também tem um protagonista: um menino que
a cada situação que vê e vivencia ele se
entristece. Ele não tem um nome específico e você dar-lhe o nome que que
achar mais apropriado no contexto. Pense nisso...
Ele se vê em meio a uma multidão de
pessoas – homens e mulheres jovens ou adultos – e alterna seu caminhar entre passos
lentos e apressados enquanto outros da
multidão estão num mesmo ritmo indo de algum lugar para outro sendo conduzidos
por um pequeno aperelho tecnológico: o celular. Nada do que acontece em volta dessas interessa ou importa e somente o menino vê coisas que os outros não
conseguem mais enxergar, pois é como se tivessem sido abduzidos ou infectados de
um vírus que os tornou simples zumbis sociais.
Uma agressão física (espancamento)
não causa estranheza mas deve ser filmado e colocado na internet.
A mulher na rua nada observa mas
em meio as outras luzes – neon das propagandas e dos automóveis – só quer
registrar importante(??).
Num ônibus lotado as pessoas
sérias e tristes não se olham, não se veem e não se enxergam... As pessoas
naturalizaram as agressões e descasos com valores morais quando uma mulher é
molestada.
A falsidade da felicidade dos
selfies predomina...
Uns tratam os outros como coisas:
as mulher que escolhe o homem como se fosse um pedaço de carne e a ciência (com
as cirurgias plásticas) que incentiva a doença mental da beleza eterna, desesperadora
e “necessária”. Confundindo a geração saúde com a geração plástica dos (as) cirurgiados
(as).
A criança se desespera para
chamar a atenção dos adultos (homens e mulheres) e por não conseguir também se
entristece num sentimento normal de estar só e ver as pessoas morrendo. A moça
que quer o suicídio vira alvo de fotos e flashes e seus desespero vira um
espetáculo e a humanidade caminha para um precipício.
Em tempo: o título original é “Voce
está perdido no mundo igual a mim?” da
banda Moby & The
Void Pacific Choi. Conheça um pouco do ilustrador Steve Cuttz acessando o
endereço https://nanu.blog.br/steve-cutts-na-nuzeando/