Olá pessoal!!!! Mais um presente aos seguidores do blog: "TV, escola e cinema - uma integração possível e necessária".
(Fonte: Canal 6 Editora)
(...) O texto apresenta informações, reflexões e fontes bibliográficas amplas que permitem um aprofundamento na compreensão da relação possível e intricada, até, entre as três ferramentas de comunicação ainda muito usada na atualidade. Veja esse trecho: Se consideramos a criança um sujeito-receptor,
então ela estará se formando a partir dessas informações, e “adotando modos de
vida – ser e estar – em sociedade” (FOULCAULT apud FISCHER, 2005, p. 3). Acessem parte do texto:
(...) Outro elemento importante nessa análise é a televisão que na maioria das
vezes exerce uma influência (como o cinema) sobre o telespectador em seus hábitos, comportamentos, ações e
pensamentos.
Até a expansão da televisão, o cotidiano de fim de tarde e noite ou dos
finais de semana ou feriados eram de conversas em família, com visitas e com
vizinhos, fossem dentro de casa ou nas calçadas. Com a televisão sendo
popularizada (seu consumo) e entrando nas casas, as conversas foram sendo
substituídas por ouvir e ver os programas e mesmo pelo silêncio total; e na
acelerada vida moderna (ou pós-moderna) após 1970 e de 1980 em diante, esta
veio a substituir, como faz até hoje na maioria dos lares, a ausência dos pais
e outros familiares na educação e “cuidados” com as crianças e jovens. Foi a
dita chegada da “babá-eletrônica”, que entretia e entretém nos vários momentos
em casa e cria formas de comportamento baseados em estereótipos que o veículo
transmite para a formação do espectador, passando (mostrando) estilos de vida,
valores e atividades intelectuais segundo um padrão muitas vezes fora da
realidade brasileira mas muito próximos dos EUA.
Pesquisas, estudos e artigos alertam
que é preciso ter cuidado com o uso da televisão em casa, mas também afirmam
que ela não tem o poder completo de hipnotizar as crianças robotizando-as desde
sua tenra idade até sua fase adulta, mas pode criar condições que culminam com
atos violentos, como roubos, agressões físicas ou verbais.
A televisão é um instrumento que serve, em grande parte, para representar
e divulgar a ideologia dominante, lançar modelos
de comportamento, de relações e de ações em
grupo ou individuais que interessam e são necessários a essa estrutura. Os que
temem, não concordam ou não aceitam os conteúdos veiculados podem ver
(conhecer) alguns elementos importantes, como o conhecimento das leis que
orientam sobre os direitos das crianças e adolescentes, a existência de um
mediador e, até, um controle externo sobre essa mídia.
Um fator que nos interessa aqui é o papel da escola diante da situação
descrita acima, ou seja, o papel da televisão e, principalmente, de
identificação dos elementos predominantes nos programas de televisão, em
especial, os desenhos animados. Embora possam parecer ingênuos e meramente de
entretenimento, carregam e apresentam o que é chamado de fundo moral, e coisas
(conceitos) além da moralidade dentro da abordagem de um tema ou foco
apresentado. A escola pode agir como mediador além da família? Como?
As pesquisadoras Mendonça, Mendes e Souza (2005) após
levantamentos realizados, defendem que o desenho animado pode ser usado como
recurso pedagógico dentro de um contexto para contribuir na formação da criança
e dos adolescentes (acréscimo do autor). Essa criança enquanto ser, é a mesma
que – considerando datas e períodos diferentes –, em outros tempos, como
dissemos anteriormente, podia se reunir com os colegas para brincadeiras
enquanto seus pais e vizinhos conversavam, mas que foi assaltada pelos encantos
da televisão. Em casa, as crianças recebem informações e, na maioria das vezes,
as repetem ou “[...] recriam de acordo com o seu
mundo, mas incorporam o que vêem e ouvem” (apud MENDONÇA; MENDES; SOUZA, 2005, online, p. 2). (Fonte: TV, escola e cinema - uma integração possível e necessária, Cláudio Pinto)